Num esclarecimento público, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera refere que o sismo de Arraiolos, no distrito de Évora, teve uma profundidade de 11,8 quilómetros, «indicando um mecanismo focal em desligamento direito, compatível com as determinações realizadas para sismos que ocorreram anteriormente na mesma região, de que é exemplo o sismo ocorrido em 31 de julho de 1998 com magnitude 4». O texto sublinha que este sismo «ocorre numa conhecida área de sismicidade, designada habitualmente por “cluster sí¬smico” de Arraiolos, onde os acidentes morfológicos e os estudos geológicos apontam para uma orientação dominante WNW-ESE. A origem destes sismos está associada a uma zona de transição entre uma área relativamente calma sismicamente a norte, e uma área mais ativa sismicamente a Sul, dentro de uma zona denominada “Zona de Ossa-Morena”, caracterizada por soco Paleozóico da Península Ibérica que no Alentejo apresenta falhas orogénicas WNW-ESE e falhas frágeis tardi-variscas (pós-orogénicas) com a mesma orientação. A morfologia e em particular a rede drenagem tem a mesma orientação desta fracturação». O IPMA enviou já uma equipa de sismologistas para realizar o inquérito macrossísmico na região. Este inquérito é importante para a caracterização do risco sísmico na região. Recorde-se que por volta das 11h50 desta segunda-feira, a terra tremeu um pouco por todo o distrito de Santarém, concelho de Tomar incluído, neste caso com dois abalos separados por poucos segundos.