Devido à onda de calor registada no início do mês de agosto, houve um aumento do número de fatalidades em toda a região do Médio Tejo. De acordo com os dados avançados à Hertz pelo Dr. Rui Calado do Agrupamento de Centros de Saúde, registaram-se um total de 64 óbitos, mais 14 casos do que nas últimas três semanas de julho por comparação.
“É uma subida de 28%, ainda assim inferior ao valor registado em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo onde o acréscimo do número de mortes durante a onda de calor foi da ordem dos 50%”.
De acordo com aquele responsável, o conjunto de medidas de prevenção colocadas em prática, nomeadamente os alertas e concelhos dirigidos à população, terá contribuído para esta diferença de valores.
O dia em que se registaram o maior número de fatalidades foi precisamente no Domingo, 05 de agosto, com 14 casos. Este não é, no entanto, o valor mais elevado de óbitos num único dia como consequência das temperaturas. Esse recorde registou-se no dia 01 de fevereiro deste ano, durante uma onda de frio, dia em que se registaram 21 casos.
Como referiu Rui Calado, a população idosa é sempre a mais atingida: “porque por norma são pessoas fragilizadas por doenças crónicas, e por isso muito vulneráveis às temperaturas”. Os dados dos serviços de saúde confirmam, também neste caso, o aumento das fatalidades na faixa mais idosa da população, aquela com mais de 75 anos. Nos primeiros sete dias do mês de Agosto foram mais de 41% o número de óbitos.