A Rádio Televisão Portuguesa emitiu uma reportagem, nesta sexta-feira, sobre o caos que está instalado nas urgências do Hospital de Abrantes. Uma vez mais, fica à vista de todos que aquela Unidade não tem a capacidade adequada para atender quem necessita de cuidados médicos, por mais que os seus responsáveis e até mesmo governantes digam o contrário. A RTP recolheu denúncias que apontam para demoras no atendimento na ordem das dez horas, um período impensável quando estão em causa seres-humanos debilitados. As pessoas ficam amontoadas em macas nos corredores, uma situação que provoca, ainda, um engarrafamento e retenção por horas de diversas ambulâncias de vários pontos do Médio Tejo, veículos esses que, depois, são fundamentais no socorro a qualquer outra ocorrência que possa acontecer. As imagens não mentem e mostram uma urgência a rebentar pelas costuras, sendo que na reportagem da RTP também se apelida a Unidade abrantina como «o corredor da morte». Cristina Gonçalves, directora-clínica do Centro Hospitalar do Médio Tejo, foi entrevistada na peça em causa e justificou este caos na urgência com o pico do Inverno: