A parceria Tejo Vivo está a preparar uma conferência internacional sobre o rio Tejo para dia 12 de dezembro, em Abrantes. Sustentabilidade, turismo e património darão mote às Conversas por um Tejo Vivo que contam com oradores portugueses, espanhóis e croatas. Na parte da manhã, de dia 12, a conferência iniciará no Parque Tejo – Turismo, Ciência e Lazer, com o presidente da Direção da TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior, líder do projeto de cooperação interterritorial, a dar as boas-vindas. A discussão será sobre sustentabilidade, com os projetos “Água, Agricultura e Sustentabilidade”, que disseminará boas práticas para os territórios ribeirinhos, SPIN – Sustainable ProteIN e Megapredator, da Escola Superior Agrária de Santarém, do Instituto Politécnico de Santarém, um sobre o aproveitamento de espécies de peixe invasoras para a gastronomia e outro sobre os efeitos de predação e como se pode fazer o controlo populacional do peixe-gato europeu. Ainda de manhã, haverá uma apresentação sobre o património ambiental do Tejo, oportunidades e condicionantes pela Associação de Estudos do Alto Tejo. O Município de Vila Nova da Barquinha e a TAGUS – Associação para o Desenvolvimento da região Tajo – Salor- Almonte (Espanha) falarão sobre eventos de dinamização à volta dos recursos do Tejo. Os trabalhos da parte da tarde serão retomados na Quinta de Coalhos, sobre as temáticas turismo e património. O Município de Abrantes abordará a Grande Rota “Caminho do Tejo”, numa perspetiva de juntar a GR 12-E7 portuguesa à GR-113 espanhola. Já a Comboios de Portugal irá partilhar as suas experiências na implementação de rotas ferroviárias junto ao Tejo. Os Grupos de Ação Local (GAL) croatas Moslavina e Zeleni Trokut darão a conhecer as suas experiências turísticas na bacia hidrográfica do Danúbio. A sessão irá terminar com a parceria nacional, integrada pelos GAL ADRACES – Raia Centro-Sul, ADIRN – Ribatejo Norte, APRODER – Ribatejo, PINHAL MAIOR – Pinhal Interior Sul e a TAGUS, que fará uma pequena reflexão do que foi o projeto Tejo Vivo e que trabalho futuro poderá desenvolver em torno do maior rio da Península Ibérica, como por exemplo, torná-lo um destino turístico organizado. A participação nesta conferência internacional é gratuita, mas sujeita a inscrição, a qual deve ser efetuada no sítio da Internet tagus-ri.pt. O projeto de cooperação interterritorial Tejo Vivo é apoiado pela medida 10.3 – Cooperação Interterritorial, do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR2020), do Portugal 2020 e financiado pelo FEADER – Fundo Europeu Agrícola e do Desenvolvimento Rural. Esta candidatura, que começou a ser executada o ano passado, tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento sustentável dos territórios ribeirinhos do Tejo. O projeto desenvolveu-se mais especificamente nas temáticas da agricultura e ambiente, em que a parceria e agentes dos territórios tiveram a oportunidade de conhecer boas práticas agrícolas, que visavam a utilização eficiente dos recursos, minimizando os impactos negativos sobre o meio ambiente e a melhoria de práticas do uso e gestão do solo e da água, baseados na intensificação sustentável da agricultura e na digitalização de todo o processo de decisão. Também proporcionou a oportunidade de conhecer outra realidade de aproveitamento de recursos junto a um rio internacional. Outra das temáticas do Tejo Vivo é o turismo e o património, tendo cada GAL português dinamizado uma ação, com o propósito de incentivar a comunidade a viver e usufruir as zonas ribeirinhas e atrair mais visitantes aos territórios rurais do Tejo, associando a valorização dos recursos endógenos e do património ao rio.
