A Quercus apresentou, ao Ministério do Ambiente (IGAMAOT), uma denúncia sobre descargas ilegais contínuas de resíduos no solo e no meio hídrico provocadas pela empresa Silicalia, em Abrantes. Esta empresa dedica-se à preparação de materiais para a construção civil, nomeadamente produção de aglomerados de pedra. Do seu processo de fabrico resultam lamas compostas por resíduos de pedra e resinas utilizadas para aglomeração do produto.
Num comunicado enviado para a redacção da Hertz, a Quercus refere que «em vez que proceder à devida retenção destes resíduos e posterior envio para tratamento adequado, a empresa Silicalia tem vindo de forma contínua a proceder à sua descarga ilegal no solo e numa linha de água nas imediações da fábrica, provocando um grave foco de contaminação ambiental». O texto sublinha que «para além do efeito que o pó de pedra provoca em termos de impermeabilização do solo e impacte extremamente negativo no ecossistema aquático, existe ainda o risco de contaminação química provocada pelos agentes aglomeradores adicionados ao pó de pedra (resinas)».
A Quercus diz, ainda, «não compreender como é possível uma empresa estar a laborar nestas condições sem que nenhuma das entidades licenciadoras e fiscalizadoras, nomeadamente a Comissão de Coordenação Regional de Lisboa e Vale do Tejo, a delegação regional do Ministério da Economia, a Inspeção do Ambiente (IGAMAOT), o SEPNA da GNR ou mesmo a Câmara Municipal de Abrantes, ainda tenha posto cobro a esta situação». Foto Quercus