A Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque e o Presidente da Assembleia Municipal e Abrantes, António Mor entregaram ao Presidente da República a Medalha de Honra da Cidade, durante a cerimónia oficial do dia Do Centenário, 14 de junho, presidida pelo Chefe de Estado que considerou Abrantes como cidade-exemplo do poder local democrático.
A cerimónia, que decorreu no Cineteatro São Pedro, assinalou o 100.º Aniversário da Elevação de Abrantes a cidade e teve como ponto alto a entrega de 100 medalhas de honra a entidades e personalidades abrantinas que se destacaram do ponto de vista da atividade económica, cívica, social, cultural ou desportiva e acrescentaram valor à identidade coletiva de Abrantes.
Confessando que a imagem que tinha de Abrantes passava muito pelo que conheceu da personalidade da estadista Maria de Lourdes Pintasilgo (também ela homenageada, a título póstumo), sua amiga de infância, Marcelo Rebelo de Sousa cumprimentou todos os homenageados e afirmou que os abrantinos “são forças da natureza” e que isso explica o “passado” de Abrantes, mas também o seu “presente”. Uma terra com “uma história riquíssima que vem dos primórdios da nacionalidade pela sua importância geoestratégica”, salientou.
Num gesto que já não é inédito, o Chefe de Estado pegou no colo a pequena Matilde Jacob Ascenso, a primeira criança do concelho de Abrantes nascida em 2016 na maternidade do Centro Hospitalar do Médio Tejo, também ela homenageada. Marcelo confessou estar a presenciar uma homenagem inédita e classificou-a como “uma aposta no mérito do futuro”.
Em nome de todos os homenageados, usou da palavra o jovem Bruno Neto, da Vila do Tramagal. Ativista, filantropo e associativista, atualmente a chefiar uma missão médica humanitária na Serra Leoa, Bruno Neto focou-se na importância de “não esquecer as raízes” e disse que as entidades homenageadas representam “a soma da experiencias, das vontades e dos sonhos que fazem com que uma cidade cresça e se desenvolva”.
A Presidente da Câmara evocou a construção da identidade coletiva dos 100 anos de Abrantes e falou dos desafios para o futuro. Numa abordagem ao poder local democrático, Maria do Céu Albuquerque defendeu o aprofundamento da democracia pelo reforço da cidadania como um “desafio crescente da exigência de proximidade dos cidadãos àqueles a quem confiaram a responsabilidade pela resolução dos problemas da sua qualidade de vida”. Com um “Viva” a Abrantes, a autarca terminou a sua intervenção sublinhando o desejo deque o concelho seja “um território de inovação e competitividade; de cidadania e coesão social e de qualidade de vida e ambiente”.
O dia do Centenário da Cidade ficou ainda marcado pela inauguração do elemento escultórico do centenário, “A Celebração do Tempo”, na rotunda junto ao quartel, pelo ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, pela Presidente da Câmara, pelo vice-presidente da mesa da Assembleia da República, Jorge Lacão e pelo autor da escultura, Charters de Almeida.
O dia culminou no Castelo da Cidade, com um concerto memorável , o “Bravo Abrantes”, com a Torre de Menagem por cenário natural, que juntou Marisa Liz e Luís Represas na interpretação de temas dos seus reportórios, cruzando clássicos sinfónicos pela 100 – Internacional Promenade Symphony Orchestra.