Apesar das condições meteorológicas adversas, para degustar e comprar iguarias, vindas de Norte a Sul do país e da ilha da Madeira mais de 12 mil pessoas ocorreram à tenda gigante da 20ª Feira Nacional de Doçaria Tradicional, na Esplanada 1º de Maio, em Abrantes, entre os dias 21 e 23 de outubro. Caracterizada por ser uma das maiores mostras de sempre deste doce certame, na sua 20ª edição, reuniu 36 expositores com doçaria conventual e tradicional, compotas, mel e licores, organizada pelo Município de Abrantes e pela TAGUS – Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Interior. Além dos 11 stands de Abrantes, trouxe ícones de Vimioso, Felgueiras, Amarante, Ovar, Viseu, Montemor-o-Velho, Cernache do Bonjardim, Sertã, Alcobaça, Caldas da Rainha, Torres Novas, Vila Nova da Barquinha, Tomar, Constância, Sardoal, Ponte de Sor, Portalegre, Malveira, Évora, Reguengos de Monsaraz, da região do Algarve e do Arquipélago da Madeira, que fizeram a delícia de todos. Com a maioria dos expositores a afirmar ter feito bom negócio, apesar do mau tempo e da inflação nos preços, que atualmente condiciona os portugueses nos seus gastos. Destaca-se a participação de visitantes nas oficinas de doçaria, realizadas pela Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Abrantes e pelo Agrupamento de Escolas Verde Horizonte de Mação, que estiveram sempre cheias. Um momento bastante relevante foi o desfile das fogaças das freguesias de Carvalhal, Fontes, Martinchel, Rio de Moinhos, Aldeia do Mato e Souto, com o objetivo de evidenciar o trabalho feito no Festival de Doçaria e Artesanato do Norte do concelho de Abrantes, através de uma tradição comum: a ornamentação dos andores com bolos durante as procissões religiosas. O mau tempo não permitiu que a arruada da Sociedade Instrução Musical Rossiense pelas ruas do Centro Histórico de Abrantes se realizasse, nem a caminhada turística Night Urban “Os Palhinhas”. Todavia, todas as outras atividades culturais e desportivas não sofreram alterações. Destaca-se a exposição dos trabalhos das escolas do pré-escolar e do 1º ciclo do Ensino Básico do concelho de Abrantes “Palhinhas – uma história da palha de Abrantes”, que surpreendeu os visitantes, pela originalidade e criatividade com a decoração de 200 tigelas de barro, utensílio que diferencia a confeção da Tigelada de Abrantes. Aderiram 17 escolas do ensino público e privado (Jardim Infância Arco–Iris, da Santa Casa da Misericórdia de Abrantes, Centro Social de Vale das Mós, Centro Social Interparoquial de Abrantes, Jardim-Escola João de Deus de Tramagal, as Escolas Básicas de Abrantes, de Alvega, de Bemposta, de Pego, de Rossio ao Sul do Tejo, de Tramagal, da Chainça, de S. Miguel do Rio Torto, de Rio-de-Moinhos, Escola Básica e Jardim de Infância de Mouriscas e ainda as escolas Básicas, Maria Lucília Moita e António Torrado) e envolveram 1.404 alunos inspirados na obra de António Colaço, “Doce Abrantopia”, doada ao Município de Abrantes, em 2016, na comemoração dos 100 anos da Cidade. A Feira Nacional de Doçaria Tradicional começou em 2002, com o objetivo primordial de colocar a doçaria local ao mesmo nível de ícones nacionais da temática conventual e tradicional. “A Palha de Abrantes, a doçaria de Abrantes, é hoje um grande ícone nacional”, como referiu a técnica coordenadora da TAGUS, Conceição Pereira, na inauguração do doce certame.