O Ministério Público acusa uma médica ortopedista de homicídio por negligência, nesta caso grosseira, e por intervenções e tratamentos em violação das regras da medicina. É necessário recuar até Janeiro de 2013, altura em que uma senhora, de 95 anos, sofreu uma queda e teve que ser transportada para o Hospital de Abrantes. Nessa altura, no dia 31 do mesmo mês, a médica em causa assistiu a vítima, que sofreu fracturas da cabeça do úmero, no fémur e corpos vertebrais. A Procuradoria da Comarca de Santarém refere que a médica deu alta “sete horas após a entrada” da vítima no hospital “optando por não monitorizar a evolução das lesões, embora soubesse que a idosa apresentava patologia cardiovascular marcada, sendo portadora de “pacemaker” e “bypass”. O mesmo documento sustenta-se em “fortes evidências” para referir que a arguida terá provocado a morte da senhora, “de forma negligente, por lhe ter dado alta para o domicílio”.