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ABRANTES – Levantamento dos incêndios. Casa destruída e outra ficou sem cobertura na Aldeia do Mato. Água consumida acima da média não será paga pelos cidadãos

Nas últimas duas semanas o concelho de Abrantes foi fustigado por dois grandes incêndios. Entre os dias 9 e 13 de agosto, afetando as freguesias de Aldeia do Mato e Souto, Martinchel, Rio de Moinhos e União de Freguesias de Abrantes e Alferrarede; entre os dias 16 e 18 de agosto, afetando a freguesia de Mouriscas (incêndio com origem em Alvaiázere e percorreu os concelhos de Ferreira do Zêzere, Vila de Rei, Mação, Sardoal, Abrantes e Gavião). Está a ser realizado, pelo Município e outras entidades, o levantamento dos prejuízos na área ardida. Nesta altura, segundo um comunicado da Câmara de Abrantes, texto este enviado para a redacção da Hertz, confirmam-se danos causados em duas habitações em Aldeia do Mato (uma totalmente destruída e outra parcialmente, nomeadamente ao nível da cobertura), orçamentados e comunicados à Autoridade Nacional de Proteção Civil e à Caritas Diocesana, entidade que já assumiu a recuperação da habitação totalmente destruída.

Relativamente ao consumo de água da rede durante os dias de ocorrência dos incêndios, tal como acontece sempre nestas circunstâncias, os Serviços Municipalizados de Abrantes procedem ao ressarcimento do excesso de água consumida pelos munícipes, nas áreas atingidas. Para o efeito, os munícipes deverão apresentar junto dos serviços as faturas com indicação de consumos de água anormalmente altos e que sejam correspondentes com as datas das ocorrências. Será feita a média do consumo mensal e todo o montante que for superior a essa média não será liquidada e será feito o respetivo acerto;

Tendo em conta a área ardida (carece ainda da avaliação exata), a Câmara de Abrantes «considera fundamental trabalhar em conjunto com outras entidades para encontrar soluções conducentes à consolidação das áreas ardidas. Mas também avaliar candidaturas aos recursos financeiros nacionais e comunitários anunciados para a região Centro e equacionar proposta global de rearborização, de rentabilidade e sustentabilidade florestal no norte do concelho que englobe a área da ZIF de Aldeia do Mato, um trabalho de organização da floresta com 10 anos que infelizmente foi fortemente atingida, mas também tendo em conta a sua área de alargamento e a nova ZIF de S. Vicente. No âmbito da candidatura no valor de €1M submetida pela Câmara ao Programa de Desenvolvimento Rural 2020, para intervenção na gestão de combustível em aglomerados populacionais e na rede viária, abrangendo áreas de intervenção das freguesias do norte do concelho, verifica-se agora ser manifestamente insuficiente». Nesta sequência, registo para as seguintes diligências: realização de briefing do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) no concelho de Abrantes para balanço dos acontecimentos. A Presidente da Câmara irá propor a constituição de um ou mais grupos de trabalho com vista à avaliação e estudo de soluções de rentabilidade para o território e de projeto global rearborização das áreas afetadas no norte do concelho; Agendamento de reunião com a entidade gestora da ZIF de Aldeia do Mato e com a Associação de Agricultores de Abrantes, Constância, Sardoal e Mação e com as Juntas de Freguesia afetadas para desenvolver uma nova candidatura para fazer face a medidas imediatas que tenham em linha de conta a consolidação de áreas ardidas em 2017, para evitar de fenómenos de erosão; Agendamento de reunião com o Instituto da Conservação da Natureza das Floresta, a Associação de Agricultores, as Juntas de Freguesia afetadas, juntando igualmente as entidades gestoras da ZIF de Aldeia do Mato, os madeireiros, os produtores florestais e proprietários de pequenas parcelas.