A exposição de Sofia Areal “circularmente falando, uma pequena antologia pessoal” despediu-se de Abrantes e encerrou os 20 anos de atividade da Galeria Municipal de Arte que agora passará a denominar-se Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes – Coleção Figueiredo Ribeiro. Um novo ciclo que “honrará” todos os artistas plásticos acolhidos na galeria de arte municipal, ao longo de duas décadas, mantendo intacta a vontade de “descentralizar e democratizar” a arte, enquanto valor universal, “aproximando-a das pessoas”, como frisou o vereador Luís Dias durante o encerramento da exposição, no dia 28 de janeiro.
A pretexto, esteve em Abrantes o realizador Jorge Silva Melo para apresentar o documentário “Sofia Areal, um gabinete anti-dor”, no Edifício Pirâmide. O documentário é um retrato da artista plástica que reflete a dedicação à sua arte, com imagens recolhidas nos seus ateliês, “local onde a pintura é a única estação”, ao longo de 6 anos. “É um gabinete anti dor porque é “a alegria da vida”, salientou Jorge Silva Melo que se mostrou cúmplice e admirador do trabalho de Sofia Areal, a pintora que gosta dos quadros “como se gosta das pessoas” e para quem “uma tela branca é toda uma oportunidade”. Foi esta alegria de cores exuberantes, entre formas em círculos e os traços irregulares, que Abrantes teve oportunidade de ver, entre 10 de dezembro e 27 de janeiro, fruto da parceria firmada entre o Município e a Galeria Neupergama, de Torres Novas. Na Galeria Municipal de Arte de Abrantes, outrora quartel dos bombeiros, o local onde a geografia da arte se vai continuar a afirmar, “como garante da nossa identidade”, como frisou o vereador da cultura, Luís Dias. Dia 11 de fevereiro inaugura na Quartel da Arte Contemporânea de Abrantes a exposição White Noise, de António Júlio Duarte (Fotografia), da Coleção Figueiredo Ribeiro.