Com O Fotógrafo e a Rapariga, conclui Mário Cláudio uma trilogia dedicada às relações entre pessoas de idades muito diferentes, iniciada em 2008 com Boa Noite, Senhor Soares – que recria o microcosmo do Livro do Desassossego, trazendo para a cena um aprendiz que trabalha no mesmo escritório de Bernardo Soares – e continuada em 2014 com Retrato de Rapaz – fascinante relato da vida atribulada de um discípulo no estúdio do grande Leonardo da Vinci. No presente volume, os protagonistas são o britânico Charles Dodgson, que se celebrizou com o pseudónimo Lewis Carroll com que assinou, entre outros, o clássico Alice no País das Maravilhas, e Alice Lidell, a rapariga que o inspirou, posando provocadoramente para os seus retratos e alimentando as suas fantasias. Uma pequena ficção absolutamente sublime.
SOBRE O AUTOR
Mário Cláudio (pseudónimo de Rui Manuel Pinto Barbot Costa) nasceu no Porto, em 6 de novembro de 1941. Nesta cidade efetuou estudos secundários. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, veio a diplomar-se mais tarde com o Curso de Bibliotecário-Arquivista, da Faculdade de Letras da mesma Universidade. Como bolseiro do Instituto Nacional de Investigação Científica, frequentou a Universidade de Londres (University College), onde se pós-graduou como Master of Arts in Library and Information Studies. É professor do ensino superior. Obras mais importantes: Amadeo (Trilogia da Mão), 1984, Guilhermina (Trilogia da Mão), 1986, Rosa (Trilogia da Mão), 1988, A Quinta das Virtudes, 1990, Tocata para Dois Clarins, 1992, As Batalhas do Caia, 1995, O Pórtico da Glória, 1997, Peregrinação de Barnabé das Índias, 1998, Ursamaior, 2000, Oríon, 2003, Gémeos, 2004, Camilo Broca, 2006, Boa noite, senhor Soares, 2008, Tiago Veiga, uma biografia, 2011, Retrato de Rapaz, 2014, O Fotógrafo e a Rapariga, 2015. Recebeu os seguintes prémios: Grande Prémio de Romance e Novela, da APE, Prémio Eça de Queirós, Grande Prémio de Crónica, da APE, Prémio Vergílio Ferreira, Prémio Fernando Namora, Prémio Pessoa pelo conjunto da sua obra (2004). Foi condecorado com a Ordem de Santiago de Espada (2001) e recebeu a comenda de Chevalier des Arts et des Lettres (2006). Mário Cláudio é autor de inúmeros artigos publicados na imprensa nacional e estrangeira, e tem proferido palestras e conferências sobre temas literários ou conotados com a literatura. As suas obras estão traduzidas em inglês, castelhano, francês, italiano, alemão, húngaro, checo e croata. www.cm-abrantes.pt