A conclusão foi avançada pela Entidade Reguladora da Saúde na última sexta-feira: o Centro Hospitalar do Médio Tejo, neste caso a urgência do Hospital de Abrantes, não terá acautelado o acompanhamento de um utente, com 93 anos de idade, sendo que o senhor ficou durante três dias num corredor daquele hospital para onde se deslocou com suspeitas de fractura numa perna. Faleceu antes mesmo de ser submetido a intervenção cirúrgica. «Concluiu-se que na situação em análise, a conduta do Centro Hospitalar Médio Tejo (CHMT) não se revelou suficiente à garantia dos direitos e interesses legítimos do utente, em especial no que respeita à humanização dos cuidados», refere a ERS no texto deliberativo, sendo que está em causa um caso que ocorreu a 30 de Novembro de 2015 e que vitimou, precisamente, o senhor de 93 anos. A Entidade deixa, ainda, uma advertência ao Centro Hospitalar no sentido de que «assegure o respeito dos direitos dos utentes à prestação de cuidados de saúde de qualidade e segurança, particularmente no que concerne à necessidade de aqueles serem prestados humanamente, com respeito pelo utente, com prontidão e num período de tempo clinicamente aceitável». Entretanto, o jornal «O Mirante» avança que o Conselho de Administração do CHMT garante que «em nenhum momento faltou atendimento a um idoso que esteve três dias no corredor da urgência», assegurando que dessas diligências «em nenhum momento foram colocados em causa o atendimento e os cuidados de saúde prestados ao doente, o que reforça o entendimento do Conselho de Administração da qualidade e dedicação dos profissionais de saúde do CHMT».