Está patente ao público até dia 25 de setembro de 2022, numa das salas de exposições temporárias do recém-inaugurado MIAA – Museu Ibérico de Arqueologia e Arte de Abrantes. A exposição encerra o ciclo de quatro exposições do projeto 𝗖𝗼𝗻𝘁𝗿𝗮-𝗽𝗮𝗿𝗲𝗱𝗲, com curadoria de Hugo Dinis. Partindo de uma discussão alargada em torno da parede como lugar privilegiado para a intervenção no espaço público, os três artistas questionam o espaço arquitetónico em que as obras são apresentadas. Atendendo às questões domésticas e feministas do seu trabalho, Ana Vidigal desenvolveu obras que implicam um humorístico sentido político e que indagam o debate pertinente entre os domínios público e privado. Já Nuno Nunes-Ferreira, recorreu ao imenso arquivo de jornais e revistas que tem vindo a construir, para apresentar um trabalho que faz alusão a questões levantadas pelo Estado Novo e à prevalência da liberdade. Pedro Gomes apresenta desenhos por módulos, imagens que se podem estender como papel de parede, que confrontam o espaço arquitetónico através de representações dos dispositivos históricos museográficos recorrentes entre o século XIX e o cubo branco do século XX. O Museu Ibérico de Arqueologia de Arte de Abrantes foi inaugurado em dezembro de 2021 e apresenta um acervo único em Portugal, num arco cronológico que vai da pré-história à arte contemporânea.