O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) reabriu, na passada sexta-feira, a sua Unidade de Cuidados Intensivos Cardíacos (UCIC), localizada na Unidade de Abrantes, retomando assim a normalidade de toda a sua atividade após o contexto da pandemia da Covid-19. Na cerimónia de inauguração, que contou com a presença do Presidente da Câmara de Abrantes, Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração do CHMT, adiantou que a instituição já está a trabalhar no reforço da especialidade de Cardiologia para a região, com a criação de uma sala de Cardiologia de intervenção, para cirurgias mais complexas. A UCIC agora reativada dispõe de uma capacidade de até seis camas, e conta com o suporte de uma equipa multidisciplinar, que integra em permanência, 24 horas por dia, médicos cardiologistas, enfermeiros e assistentes operacionais, garantindo assim os melhores cuidados da especialidade de Cardiologia a todos os utentes da região do Médio Tejo. “É um marco relevante, porque assinala a fase de recolocação de toda a atividade pós-pandemia nas Unidades Hospitalares do CHMT”, disse Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração do CHMT durante a cerimónia de reabertura da UCIC. “A Cardiologia é a patologia que está em segundo lugar ao nível do número de intervenções cirúrgicas, representando cerca de 9 por cento das intervenções realizadas no CHMT. Mas assumimos que estamos a trabalhar para o compromisso ir mais além, estando a desenvolver neste momento o projeto da criação de uma sala de Cardiologia de intervenção, para intervenções mais complexas, fundamental para a região do Médio Tejo”, concluiu o Presidente do Conselho de Administração do CHMT. “Hoje é um dia muito feliz para mim, com a reabertura desta unidade após três anos de fecho, três anos esses em que a Unidade de Abrantes do CHMT foi referência a nível nacional durante a pandemia”, afirmou Manuel Jorge Valamatos, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes. E continuou: “Esta retoma dos serviços sobretudo com serviços ainda mais qualificados e preparados é uma grande alegria para todos nós. Não posso deixar felicitar o Conselho de Administração do CHMT por todo este trabalho!”. Por sua vez, José Linder, Diretor Interino do Serviço de Cardiologia do CHMT, referiu que, com a reabertura da UCIC, as limitações sentidas nos últimos três anos estarão ultrapassadas, deixando uma garantia aos utentes: “A partir de agora contam com mais uma unidade aberta à população, tendo a certeza de que terão todos os tratamentos adequados, como se vivessem numa qualquer outra grande cidade do país, estando nós no interior.” José Linder não pôde deixar de enaltecer o trabalho de equipa desde que passou a liderar o Serviço de Cardiologia: “Tudo isto só foi possível graças ao espírito de equipa existente no Serviço de Cardiologia”. No final da cerimónia de inauguração, três das quatro camas da UCIC foram de imediato ocupadas por utentes encaminhados da Urgência Medico Cirúrgica de Abrantes, revelando a necessidade da reativação desta unidade. O Presidente do CA do CHMT adiantou que se a UCIC não estivesse em funcionamento, os utentes poderiam ter a necessidade de ser transferidos para outras instituições, em Lisboa. Em 2022 foram realizadas no CHMT 363 cirurgias cardíacas (1,3 por dia útil), 6.986 consultas da especialidade (28 por dia útil) e 27.000 exames (MCDT – meios complementares de diagnóstico e terapêutica) da especialidade, dos quais 21.000 eletrocardiogramas.