No âmbito dos trabalhos arqueológicos a decorrer no Castelo da cidade, desenvolvidos pelas equipas de arqueologia e património da Câmara e do projeto do Museu Ibérico de Arqueologia e Arte (MIAA), vários investigadores externos estiveram em Abrantes no mês de julho para realizar trabalhos de investigação, conservação e valorização dos achados arqueológicos encontrados durante as escavações recentemente efetuadas.Cristiana Ferreira, do Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo, recolheu amostras dos sedimentos das escavações para estudos de paleoecologia.Foi realizado um levantamento fotogramétrico da muralha proto-histórica e da torre islâmica, em adobe, com o objetivo de obter um modelo 3D, realizado por João Belo da empresa FlyGis.Os Arquitetos Miguel Rocha e Patrícia Bruno, do CEDACTerra, fizeram uma análise visual das condições de conservação dos adobes da torre islâmica, com vista a um possível projeto de conservação e valorização dessa estrutura.Uma equipa do Laboratório Hércules da Universidade de Évora realizou um estudo químico preliminar aos pigmentos dos frescos do séc. XV encontrados na Igreja de Santa Maria do Castelo.Com estes contributos científicos prossegue o trabalho continuado de valorização do património cultural abrantino e de sistematização do estudo das descobertas mais recentes.