A indicação é avançada pela TSF: uma pessoa morreu nesta terça-feira – com uma hemorragia cerebral, vítima de um aneurisma – depois de ter estado à espera cerca de quatro horas até estarem reunidas as condições para entrar num bloco operatório. Neste relato, é referido que o doente deu entrada no Hospital de Abrantes mas «tendo em conta a gravidade dos sintomas, os médicos decidiram transferir o doente, por falta de capacidade para a cirurgia». A TSF refere que «eram dez horas quando a decisão de transferência foi tomada e accionado o INEM para o transporte aéreo e localização de vaga». Só que aqui algo falhou: «o Centro de Orientação de Doentes Urgentes não terá ajudado na procura de vagas para esta situação e o helicóptero não foi logo accionado, poupando tempo que é vital neste quadro clínico», referiram alguns médicos à reportagem daquela rádio nacional.
A notícia dá conta, ainda, de uma situação incrível, ou seja, refere que «a equipa de urgência do Hospital de Abrantes passou então mais de uma hora ao telefone, à procura de vaga, que viria a ser disponibilizada, após um segundo contacto, no Hospital de S. José, em Lisboa». A TSF sublinha que «às 13h18, o helicóptero do INEM aterra em Abrantes e faz o transporte do doente que viria a sofrer uma paragem cardio respiratória durante o voo, que foi revertida pela tripulação. Às 14h05, quando o doente chega ao Hospital de S. José, sofre nova paragem respiratória e viria a morrer, antes de entrar no bloco operatório».