No dia 10 de setembro, a Presidente da Câmara Municipal de Abrantes inaugurou, na quARTel – Galeria Municipal de Arte, a exposição coletiva “100 anos de artes plásticas em Abrantes”. No ano da celebração do centenário da elevação de Abrantes a cidade, estão reunidas obras de 35 artistas plásticos que marcaram a história das artes nas últimas 10 décadas. Autores que contribuíram para a construção da identidade cultural abrantina, participando em exposições regulares, mas também os artistas que, sendo naturais de Abrantes, fizeram o seu percurso fora.
A abertura oficial, que contou igualmente com a presença do Vereador da Cultura, Luís Dias, teve casa cheia, entre convidados, artistas e familiares de autores já desaparecidos. Foi antecedida de uma performance cultural protagonizada por António Colaço, que ao piano interpretou uma “Abrantopia”, com a colaboração de jovens elementos do Grupo de Teatro “Palha de Abrantes”. Coube à pintora Catarina Castel- Branco fazer uma visita guiada à exposição, que classificou de “afetos”, sublinhando a natural particularidade de apresentar trabalhos realizados por várias gerações de artistas plásticos, referindo o que, se fosse vivo, teria mais idade, o naturalista Serra da Mota (1883-1943), e a mais jovem, a escultora de joalharia, Cremilde Bispo (1990).
Na ocasião, o pintor Luís Reis ofereceu à Câmara Municipal, na pessoa da sua Presidente, uma medalhada executada em gesso e pintada em dourado com relevo topográfico concelhio, alusivo ao centenário, da autoria do abrantino Euclides Reis, seu pai. Esse elemento está agora exposto no hall de entrada da Galeria. Maria do Céu Albuquerque sublinhou que a exposição tem o desígnio de “celebrar as pessoas que fizeram a comunidade abrantina no domínio das artes” nos últimos 100 anos. Relembrando os abrantinos Diogo Oleiro, figura a quem se deve a fundação do Museu D. Lopo de Almeida (1921) e a Pintora Contemporânea Maria Lucília Moita, sua diretora, a Presidente da Câmara ressalvou também as condições criadas ao longo das várias décadas para acolher, valorizar e divulgar os autores e a sua arte, relativamente aos vários movimentos artísticos portugueses. Até dia 21 de outubro poderão ser vistos trabalhos criativos de:
José Paulo Fernandes; José Serra da Mota; Júlio Amaro; Margarida Tamagnini Castel-Branco; Maria Lucília Moita; Rogério Ribeiro (Já falecidos); Albano Santos; Álvaro Assunção; António Colaço; Carlos Saramago; Catarina Castel-Branco; Cremilde Bispo; Euclides Reis; G. Fernandes; João Quinto; Jorge Ferreira da Costa; José Pimenta; José Ribeiro; Juno Doran; Kaiser; Liliana Marmelo, Luís Miguel Reis; Manuel Soares Traquina; Mário Cordeiro; Massimo Esposito; Matilde Marçal; Nuno Mendes; Paula Dias; Paulo Alves; Pedro Gouveia; Santos Lopes; Sérgio Vieira; Susana Rosa; Teresa Cunha e Vitor Marques. Horário das visitas: 3ª a sáb. 10h-12h30 e das 14h-19h00.