Os Independentes por Tomar estiveram de visita, na manhã desta sexta-feira, às obras de requalificação do edifício do mercado municipal. A delegação – constituída por Pedro Marques, vereador dos IpT na autarquia nabantina, e ainda eleitos da Assembleia Municipal – quis perceber em que ponto de situação se encontra este processo de intervenção naquele espaço. Depois, em declarações prestadas à comunicação social, Pedro Marques lamentou o arrastar da obra, facto que justificou com decisões «mal tomadas» tanto «no mandato anterior como no actual». O vereador apontou, uma vez mais, o facto de não ter sido elaborado um projecto para a obra e defendeu a necessidade de serem cumpridas as decisões tomadas pelo executivo por unanimidade e pela assembleia municipal, nomeadamente a indeminização dos vendedores prejudicados com o fecho do mercado, deliberações que continuam por cumprir: «Estamos a falar de uma obra da Câmara de Tomar, num espaço do Município, pelo que temos de ser chamados a pronunciar-nos sobre o que se passa… E o que se passa é preocupante. É óbvio que os trabalhadores fazem o que lhes mandam. Mas também já ouvimos o vereador Bruno Graça a dizer que as obras não eram com ele… Quando convém, assume-se; quando não convém, descarta-se. Esta obra é prioritária, deve ser prioritária para que os nossos comerciantes não tenham que passar mais um Inverno lá fora».
Pedro Marques aproveitou também esta presença na obra de remodelação do mercado para referir que a actual Câmara, à semelhança das anteriores, não tem estado à altura das necessidades do concelho. O vereador disse que está na hora de mudar e voltou a acenar com um cenário de eleições antecipadas: «Eu acho que ao fim de dezasseis anos de um PSD que fez o que fez e deixou a Câmara no estado em que está, de um PS que não tem projecto nem estratégia… eu acho que está na hora de toda esta gente ter os dias contados e a população de Tomar confiar em quem já deu testemunhos e provas de que as coisas podem ser melhores. Porque quer o PS, quer o PSD já provaram que não estão à altura das responsabilidades que assumiram. Quando no mandato anterior se falou em eleições antecipadas, se isto continua assim e se a democracia começa a estar em causa como se viu na recente reunião de Câmara, acho que temos de equacionar esse cenário. Tomar não pode continuar a ser adiado».
José Pedro Vasconcelos alerta para graves falhas na segurança dos trabalhadores – José Pedro Vasconcelos, também dos Independentes, chamou a atenção para a falta de segurança dos funcionários que estão a levar a cabo a obra e lamentou também o facto de a Junta Urbana não ter, até à data, feito uma visita ao mercado, lembrando que tem sido São João Baptista e Santa Maria dos Olivais o grande apoio do município para a realização da obra: «Nunca se conseguiu criar, por iniciativa do senhor presidente da Junta, um grupo para visitar as obras do mercado até porque a Junta Urbana tem sido a grande impulsionadora e o grande apoio da Câmara para estas obras. Como é possível que uma obra do mercado esteja a funcionar com trabalhadores que nem um capacete têm?! E nem botas de protecção… Quem é que inspecciona uma obra nesta dimensão? Não têm capacete, botas e luvas. Isto é preocupante».