No espaço que hoje se denomina Mercearia do Campo, na Rua Saraiva de Carvalho 115, em Campo de Ourique (Lisboa), propriedade da ADIRN e de mais oito associações de desenvolvimento local, teve lugar a uma mostra de quatro vinhos de produtores de Tomar: Quinta do Cavalinho/Herdade dos Templários, Solar dos Loendros, Casal das Freiras e Adega Casal Martins /Anca Poiana Martins, em que compareceram elementos ADIRN a presidente da câmara de Tomar- Anabela Freitas e o vereador Hélder Henriques, o presidente das Confrarias Báquicas e da Confraria enófila Nª Srª do Tejo Grão Mestre – Engº. Pedro Castro Rego e alguns clientes desta Mercearia do Campo, bem como os seus arrendatários e o presidente da Casa de Tomar, Carlos Galinha. Uma acção de promoção, num espaço, cuidado, amplo, em que é um misto de restaurante, bar, cafetaria, esplanada e uma mercearia com dezenas de vinhos, queijos, mel, azeites, fruta, ou seja um espaço de produtos regionais de alta qualidade.
João Agria com raízes familiares de Figueiró dos Vinhos é um jovem que correu mundo trabalhando nos navios cruzeiros da Cruise e de turismo e movimentação de turistas aprendeu muito e sabe dos seus comportamentos e hábitos de consumo. Decidiu navegar noutras águas e alugou à ADIRN este espaço privilegiado ,muito vasto na Rua Saraiva de Carvalho no cosmopolita Bairro de Campolide, muito movimentado em termos de turistas e que ainda vai ser mais, já que até a Carris apostou na reposição de uma outra linha de elétricos e diz-nos “A Mercearia do Campo foi um pequeno projecto para representar e venda de pequenos produtores de todo o país, desde vinho, azeites, enchidos e fumeiro, mel, compotas, cervejas artesanais. Estamos aqui sediados há dois anos e quando sub alugámos à ADIR o espaço mantivemos o acordo, em que continuávamos o projecto inicial da ADIR, em juntando esses pequenos produtores e outros tantos. Vendemos nos vinhos, vinhos desde o Minho ao Algarve, das diversas regiões e com esta mostra, promovida pela ADIR, vamos tentar marcar reuniões com estes produtores, para que os seus vinhos passem a estar nas nossas prateleiras e outros produtos, como queijo, enchidos e fumeiro ou mel” Registou que o cliente mais habitual da Mercearia do Campo é o cliente do bairro e de Lisboa, “mas também temos muito turismo aqui a passar”. A intenção é ter produtos regionais de qualidade, e serem apresentados num espaço agradável, por profissionais e marcar pela diferenciação, frisou. Registe-se que a Mercearia do Campo está aberta todos s dias (excepto ao domingo) das 8H00 à meia noite, serve refeições em espaço simpático, ou seja é um misto de loja restaurante. Apesar da concorrência forte do Mercado de Campo de Ourique, um mundo de restaurantes de grandes chefes da cozinha, e muito visitado e que fica a 500 metros, João Agria, refere “nesta Lisboa há mercado para todos e não vemos um concorrente o Mercado de Campo de Ourique, antes um aliado e se não fosse a revitalização dos mercados tradicionais, coisa que na Europa já se fez há anos, os mesmos morriam, hoje temos espaços privilegiados que atraem milhares de clientes. Jorge Rodrigues, coordenador da ADIRN, sediada em Tomar e que promoveu esta mostra de vinhos diz-nos “este espaço é de oito associações, no passado já foi explorado directamente, pelas Associações do Portugal Rural, no âmbito de um projeto de cooperação, no âmbito da promoção dos produtos locais, esse financiamento acabou a alguns anos e essas associações entenderam alugar o espaço, a uma entidade que é a Mercearia do Campo, que explora isto na mesma lógica da promoção dos produtos dos territórios e que, desde sempre, disponibilizou o espaço, mesmo sendo eles a explorar, para promoção dos nossos produtos. Este ano definimos uma estratégia, com os Produtores de Vinho do Ribatejo Norte, para fazermos um conjunto de acções de promoção, que serão cerda de 10 ao longo de todo o ano. Esta é em Lisboa, para os produtores, conhecerem os arrendatários do espaço, pois eles para além de ter este espaço de venda a Mercearia do Campo também fazem distribuição de vinhos em Lisboa. A ideia desta acção é atingir o público de Lisboa e não o nosso habitual público dos eventos locais. Campo de Ourique, é um bairro com muitos bons restaurantes, a Mercearia do Campo serve os mesmos, por isso os nossos produtores tem assim oportunidade de aqui encontrar mais um parceiro para os seus negócios e entre eles depois se entenderão, já que a ADIRN não cobra de modo nenhum alguma comissão, limitou-se a colocar frente a frente quem produz e quem vende”. António Freitas