A Câmara de Tomar e a Livraria Nova assumiram o risco de mudar a data e a Feira do Livro foi um sucesso. Com o bom tempo a ajudar e uma ampla programação, com diversidade e qualidade, a atrair visitantes, o certame, que regressou às datas iniciais depois de vários anos a decorrer um mês mais tarde, foi uma aposta ganha. Também a simultaneidade com alguns outros eventos a decorrerem na cidade ajudou a que existisse um significativo afluxo de público. Significativas foram também algumas das muitas sessões com a presença de autores, nomeadamente a divertidíssima noite com Jorge Serafim, a fantástica conversa com Miguel Miranda, o nunca acabar de revelações de Pedro Guilherme-Moreira, a alma aberta das entrevistadas de Alberta Marques Fernandes ou a clara sapiência de Guilherme d’Oliveira Martins.
Destaque ainda para dois momentos de relevo no derradeiro dia da Feira: o lançamento do muito aguardado livro de Leonel Vicente sobre a Mendes Godinho e também o lançamento do nº2 da revista Nervo, publicação de grande qualidade com a colaboração de nomes relevantes da poesia portuguesa e alguns estrangeiros. Pelo Complexo Cultural da Levada passaram ainda Renato Paiva com o desenvolvimento das inteligências das crianças e jovens, Isabel Ricardo e Sílvia Veríssimo com as suas obras dedicadas precisamente a esse público ou Alexandre Monteiro desvendando os segredos que o corpo revela. E como sempre, a Feira foi também uma plataforma para autores e artistas tomarenses, com a apresentação do livro de fotografia “Alma nabantina”, de Luís Ribeiro, duas sessões poéticas com Ermelinda Henriques e ainda vários momentos musicais da responsabilidade da Tuna Sabes Cantar e da Canto Firme.
