Após visitar a exposição de empreendedores e projetos de inovação nos claustros do Convento de S. Francisco, onde se realizou o Fórum organizado pela NERSANT, o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional seguiu para o seminário “Estratégias e Incentivos para a Inovação Empresarial”, realizado num espaço contíguo à exposição, e onde interveio na sessão de abertura. Na sua intervenção, Miguel Poiares Maduro referiu que “a inovação é um instrumento fundamental para a competitividade das empresas”, pelo que as mesmas devem utilizar os incentivos que estão ao seu dispor. Referiu-se ao Portugal 2020, tendo deixado patente que em 2015, no âmbito deste quadro de apoio “vão ser colocados 4 mil milhões de euros na economia”. No âmbito do Portugal 2020, quadro comunitário que dispõe no total de 25 mil milhões de euros para a economia, a prioridade é, precisamente, “a competitividade e a internacionalização da economia, particularmente das empresas, que irão receber 40 por cento das verbas.” Por este motivo, continuou Miguel Poiares Maduro, é essencial “apoiar os projetos empresariais de qualidade, sendo a inovação um dos instrumentos fundamentais para garantir a competitividade das empresas”, referiu, alertando ainda para o facto de, este novo quadro comunitário, ser muito mais exigente que o anterior: “não vamos simplesmente apoiar projetos, vamos contratualizar resultados, com prémios para quem superar os resultados contratualizados. Esta é a grande diferença do Portugal 2020. Para além de nos preocuparmos com a taxa de execução dos fundos, a nossa preocupação tem sido aplicá-los bem”, referiu o Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, que alertou ainda as empresas para o facto de estas poderem recorrer também aos fundos europeus, que dispõem de 80 mil milhões de euros para apoio à inovação. Na sessão de abertura falou também Domingos Chambel, Vice-Presidente da Direção da NERSANT, que começou por resumir a estratégia de apoio ao empreendedorismo da NERSANT desde 1998, tendo aproveitado para sensibilizar o Estado quanto aos apoios disponíveis para o empreendedorismo. “As ajudas deviam ser mais significativas. Os novos empresários deveriam ser encarados como um investimento para o Estado”, referiu Domingos Chambel. Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Santarém, Ricardo Gonçalves, deu a conhecer a aposta do município nas empresas, tendo revelado aos presentes diversas iniciativas da câmara de apoio ao empreendedorismo, onde a NERSANT “é o parceiro privilegiado”. Referiu-se, concretamente, à criação do Centro de Inovação Empresarial que vai abrir portas ainda em 2015 na antiga Escola Prática de Cavalaria, e ainda ao recente protocolo assinado para a criação de um Centro de Excelência para a Agricultura e a Agroindústria, que vai nascer na Fonte Boa. “Queremos ser diferenciadores nesta área”, disse Ricardo Gonçalves. Após a sessão de abertura, deu-se início às intervenções técnicas do seminário. Miguel Laranja, docente do ISEG, falou sobre a “Inovação Colaborativa como Caminho para a Competividade”, Bibiana Dantas, da Agência Nacional de Inovação, proferiu intervenção sobre a “Inovação em Portugal – Políticas e Incentivos à Inovação Colaborativa” e Pedro Cilínio, Diretor de Gestão de Incentivos e de Créditos do IAPMEI, centrou a sua comunicação nas questões relacionadas com o financiamento do I&DT Empresarial no Portugal 2020. Foram ainda apresentados dois casos de sucesso empresarial, pelas empresas Orivárzea, S.A. e Mendes Gonçalves, S.A.. No final de todas as intervenções, o AgroCluster Ribatejo entregou os prémios INOVAGRO 2014 – Inovação no Setor Alimentar, à empresa Bee Iellow (categoria Tecnologia / Marketing / Embalagem), e à empresa Mendes Gonçalves, S.A. (categoria Produto / Serviço).