Parece não haver forma de travar os sucessivos ataques ambientais ao Nabão. Depois de no sábado ter havido registo para mais um episódio de descarga poluente no rio, desta feita as atenções voltam a centrar-se em mais um atentado à saúde pública e, claro, à vida existente no próprio Nabão. O aspecto da água – que mal se vê em alguns pontos – diz tudo: há espuma acumulada, com vários centímetros de altura, de tal forma que não há memória de um registo igual ao desta segunda-feira, pelo que estará mesmo em causa a maior descarga de que o rio foi alvo durante os últimos meses. Enquanto isso, as autoridades (nomeadamente a Agência Portuguesa do Ambiente) continuam remetidas ao silêncio e sem tornar público quais os infractores que a bateria de análises detectou nas últimas semanas. Houve a promessa de uma fiscalização mais apertada mas a verdade é que os infractores continuam a agir dentro de uma normalidade… verdadeiramente anormal.