A saúde de quem recorre à urgência do Hospital de Abrantes está colocada em causa. Este preocupante cenário é confirmado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, em jeito de reacção ao pedido de transferência de serviço entre por 82 profissionais ao Conselho de Administração do Centro Hospitalar Médio Tejo. Não há dúvida neste processo de intenções: enfermeiros e assistentes operacionais querem sair da urgência da Unidade dr. Manoel Constâncio por entenderem que não estão reunidas as condições mínimas de trabalho e nem de segurança dos doentes. Tal como a Hertz tinha adiantado nesta terça-feira, os profissionais do citado serviço descreveram-no como «caótico» fruto das «péssimas condições laborais e crescente falta segurança para os utentes», num ambiente classificado como «penoso e de risco». Já nesta quarta, a Hertz falou com Helena Jorge, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, que reafirmou que a urgência de Abrantes «está no limite» porque há falta de recursos humanos e ainda de espaço para que as pessoas «tenham dignidade no acesso à saúde»:
A situação é de tal forma que Helena Jorge diz mesmo que «há doentes no corredor aos quais os enfermeiros não chegam tão depressa como desejável porque têm de desviar as macas» que por ali estão acumuladas». A enfermeira diz que os profissionais não estão dispostos a trabalhar nessas condições: