Augusto Barros, presidente de Junta de Freguesia Urbana de Tomar, tem esperança de que a situação do Flecheiro fique resolvida até final deste mandato autárquico. Em entrevista concedida à Hertz, o responsável máximo por São João Baptista e Santa Maria dos Olivais aponta a entrada Sul da cidade como um «cartão-de-visita do pior», considerando que uma das famílias de etnia cigana vive como «no terceiro mundo». Questionado sobre que solução seguir, Augusto Barros disse que a integração é a palavra-chave neste processo, ou seja, as referidas famílias devem ser descentralizadas pelo concelho, em habitações sociais, sendo que devem cumprir um conjunto de deveres: «Estou esperançado que ainda nestes anos que faltam de mandato se consiga fazer alguma coisa com a Câmara e respectivas entidades oficiais… A situação da etnia cigana continua a ser um ponto crítico. Entramos na parte sul e vemos um cartão de visita que é do pior… Mas eles não têm culpa pois deixaram-nos ir para ali. Há ali três famílias, uma das quais vive em pleno terceiro mundo. Temos que resolver a situação deles para que a nossa cidade tenha mais dignidade. Sei que os meus colegas de outras juntas não vão gostar do que eu vou dizer mas a solução teria que passar por uma solução mais descentralizada. A Câmara teria que arranjar alojamentos aqui e acolá e teria que integrar as famílias em diversos lados. Só assim… Teria que ser feita a integração através da juventude. Não só no Flecheiro mas também no Bairro 1º de Maio. As pessoas não podem viver toda a vida dos subsídios. Essas famílias de etnia cigana têm que começar a integrá-las em casas de bairros sociais e exigindo-lhes que cumpra certas regras. Se querem regalias, também têm que ter deveres».