A Câmara de Abrantes emitiu um comunicado, na tarde desta quinta-feira, onde se refere á poluição no Tejo como «assustadora» e «inqualificável», dando conta da sua «preocupação» e «indignação» com a situação que também é descrita como «extrema». Com efeito, durante as últimas horas, o Tejo tem estado debaixo de um manto de espuma, em especial perto do Açude de Abrantes e ainda na zona de Alvega, uma acumulação potenciada pelas quedas de água. No entanto, e isso fica claro, o rasto é proveniente de Vila Velha de Ródão já que, a montante, há diversos testemunhos que falam da água como «limpa», inclusivamente o testemunho de Arlindo Marques, ambientalista que tem estado por detrás de inúmeras denúncias de atentados ao Tejo. No texto em causa, a autarquia abrantina garante que «não dispõe de informação oficial sobre a origem do nível de poluição verificado» pelo que «aguarda mais informações das entidades competentes relativamente ao resultado das amostras da água». Nesta quinta-feira, refira-se, têm sido realizadas ações de inspecção em toda a região do Tejo – a cargo da IGAMAOT, sendo que essas acções também decorreram nas ETAR’s do Pego e da Fonte Quente.
No mesmo comunicado, a Câmara Municipal de Abrantes garante que «na defesa das populações ribeirinhas e do ecossistema associado a este tão importante recurso nacional, tem acompanhado esta situação ao longo dos últimos anos» e «quer fazer também prova disso pelas démarches junto do governo através do órgão Câmara Municipal mas também através da CIMT (Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo)».