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ACTUALIDADE – Aviso à população. Autoridade Nacional de Protecção Civil reforça alerta para chuva, vento e neve

No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado nesta quinta-feira no Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada prevê-se, para as próximas 24 horas, um agravamento das condições meteorológicas, salientando-se períodos de chuva, que poderá ser localmente forte (entre 10 e 20 mm numa hora), passando gradualmente de norte para sul a partir da manhã, a regime de aguaceiros que poderão ser localmente intensos, ocasionalmente acompanhados de granizo e de trovoada, tornando-se pouco frequentes a partir do final da tarde; possibilidade de queda de neve acima de 1 500 metros de altitude, descendo gradualmente a cota para 800/1000 metros nas regiões Norte e Centro; vento moderado de sudoeste, soprando forte (até 45 km/h) e com rajadas até 70 km/h, rodando para noroeste, a partir da manhã. Nas terras altas, vento forte de sudoeste, por vezes com rajadas até 90 km/h, rodando para noroeste a partir da manhã; agitação marítima forte na costa ocidental (com ondas de noroeste com 4 a 5 metros), situação que irá permanecer durante o fim-de-semana e descida de temperatura, sendo acentuada da mínima nas regiões Norte e Centro.

Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:

– Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;

– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;

– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;

– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;

– Danos em estruturas montadas ou suspensas;

– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;

– Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;

– Possíveis acidentes na orla costeira;

– Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.

MEDIDAS PREVENTIVAS

A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:

– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;

– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;

– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;

– Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;

– Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;

– Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;

– Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;

– Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;

– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.