O Grupo Crédito Agrícola lança o “4º Concurso de Vinhos”, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal. O Concurso contempla a inscrição de vinhos brancos, tintos e espumantes, produzidos em Portugal. Para cada região vitivinícola e para as categorias “Vinho Branco”, “Vinho Tinto” e “Vinho Espumante”, será atribuída a distinção Tambuladeira dos Escanções de Portugal de Ouro, Prata e Bronze.
A 20 e 21 de Outubro teve lugar a realização das Provas Cegas pelo Júri do Concurso no decorrer do “Mercado de Vinhos” do Campo Pequeno, em Lisboa. De sublinhar que no total das três edições anteriores o Concurso de Vinhos registou a inscrição de cerca de 650 vinhos e premiou com Ouro, Prata e Bronze mais de 200 vinhos brancos, tintos e espumantes oriundos das regiões vitivinícolas dos Vinhos Verdes, Trás-os-Montes, Douro, Beiras, Dão, Bairrada, Tejo, Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve.
Esta foi mais uma iniciativa do Grupo Crédito Agrícola para apoiar o sector vitivinícola e o desenvolvimento das economias locais, especialmente as Cooperativas e os Produtores, promovendo e colocando à prova a qualidade dos vinhos nacionais. Na 4ª Gala do concurso de vinhos do Crédito Agrícola, Casal das Freiras (Agrovalente, Lda.) obtém a tambuladeira de ouro com o seu reserva e a Adega Casal Martins, obteve a tamboladeira de prata com o seu vinho “Dona Anca” reserva. Parabéns aos premiados, José Vidal e Anca Poiana Martins, por mais este reconhecimento e registe-se que a enóloga Anca Martins em dois anos de actividade já conquistou cerca de 12 medalhas de ouro e prata (e em concurso internacionais) o que já a afirmou no mundo dos vinhos!
Apesar da quantidade dos vinhos a concurso, participar nos mesmos tem custos (multipliquem 650 vinhos por 75 euros) e os produtores tem que pagar e, neste mundo competitivo dos vinhos, e em que cada vez mais, os vinhos são vendidos a preço abaixo do real custo de produção, muitos produtores não participam ou não entregam vinhos a concurso. Se for um concurso internacional ainda é mais caro. Porém os prémios ajudam a aumentar as vendas, dão a devida notoriedade e valor aos vinhos. Portugal por via de grande distribuição em parte, e do mercado paralelo, por outro, é invadido por vinhos que usam denominações de regiões por vezes abusivamente (veja-se o caso de Vinho de Pias) em bag in box. Tudo é vinho de Pias e em que depois se lê no vasilhame “ vinhos de diversas proveniências da UE). O sector vitivinícola no concelho de Tomar, graças à aposta dos novos empresários viticultores ajuda a criar emprego, contribui para a economia local e dá à paisagem outro ordenamento e leva o nome de Tomar. Com o desaparecimento da Adega Cooperativa (por má gestão) muita vinha foi abandonada, mas muitas novas e modernas vinhas foram plantadas, nesta região que hoje tem a Denominação Vinhos Tejo e que antigamente era o Ribatejo. Quando se pensava que o cultivo da vinha pelas gerações mais idosas, ia acabar, assiste-se que temos bons produtores, profissionais viticultores e vinhos de grande qualidade/preço, quer concorram a concursos ou não, pelo que, uma boa forma de ajudar quem produz é nos restauração e no consumo doméstico dar preferência aos vinhos da nossa região e o melhor vinho “é aquele que o consumidor compra, e bebe” quem produz vinho é para os vender e a melhor forma de ajudar o nosso concelho, é na restauração, festas de Verão é nos Supermercados comprar vinhos de Tomar, ou então ir directamente às adegas dos produtores. António Freitas