A Polícia Judiciária militar recuperou o material alegadamente roubado na base militar de Tancos.
O material foi recuperado na região da Chamusca, segundo a RTP. Em causa estão 44 armas de guerra, granadas e explosivos. Terá existido uma denúncia anónima durante a madrugada desta quarta-feira. Contudo, a Polícia Judiciária não conseguiu recuperar as munições.
De acordo com a estação de televisão, a investigação da PJ foi feita em colaboração com o núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé. Já o Público avança que, segundo uma fonte militar, o material foi quase todo encontrado, exceto “algumas munições”.
No final de setembro, o semanário Expresso revelou um relatório do serviço de informações militares sobre o caso dos Paióis Nacionais de Tancos onde se pode ler que Azeredo Lopes, ministro da Defesa, agiu “com ligeireza, quase imprudente”, revelando uma “arrogância quase cínica”. O documento revela ainda que o assalto revela “fragilidade de liderança e da capacidade de gestão de crise, quer ao nível militar, quer ao nível político”.
Eis a lista do material roubado:
•1450 cartuchos de 9 mm
•22 bobinas de fio para ativação por tração
•1 disparador de descompressão
•24 disparadores de tração lateral multidimensional inerte
•6 granadas de mão de gás lacrimogéneo CS/ MOD M7
•10 granadas de mão de gás lacrimogéneo CM Anti-motim M/968
•2 granadas de mão de gás lacrimogéneo triplex CS
•90 granadas de mão ofensivas M321
•30 granadas de mão ofensivas M962
•30 granadas de mão ofensivas M321 (em corte para instrução)
•44 granadas foguete antitanque carro 66 mm com espoleta M4112A1 com lançamento M72A3- M/986 LAW
•264 unidades de explosivo plástico PE4A
•30 CCD10 (carga de corte)
•57 CCD20 (carga de corte)
•15 CCD30 (carga de corte)
•60 iniciadores IKS
•30,5 lâminas KSL (Lâmina explosiva)