Em comunicado enviado para a redacção da Hertz, a Coordenadora do Bloco de Esquerda de Tomar fez um balanço em torno das eleições Autárquicas de 1 de Outubro onde, recorde-se, conseguiu 1194 votos, o que se traduziu em 6,02%, um número superior ao registado em 2013, onde os bloquistas se ficaram pelos 585 votos. No texto em causa, o BE refere, então, como tendência o crescimento no concelho, o que significa «responsabilidades acrescidas». É sublinhado que em Tomar, a lista liderada por Luís Santos conseguiu, então, «mais do dobro dos votos do que em 2013, assim como também esteve muito perto a eleição de Paulo Reis, o segundo da lista liderada por Maria da Luz Lopes para a
Assembleia Municipal». É também recordado que o BE quase colocou Filipe Vintém na Assembleia de Freguesia Urbana onde, refira-se, foi eleito Rui Bugalhão enquanto cabeça-de-lista. No comunicado, os bloquistas aproveitam para agradecer «aos que resistindo à “propaganda da festa PS”, dos sorrisos e das flores e dos que contrariando a já estafada (mas ainda eficaz) política de “manipulação do voto útil” no PS dos que não querem o regresso do PSD à Câmara de Tomar – o que vai ser difícil acontecer enquanto nos lembramos, como foi danosa para o concelho a “dinastia” Paiva, Corvelo e Carrão», aponta o Bloco de Esquerda no texto em causa.
«Os que votaram no Bloco de Esquerda acreditaram ser possível e necessário mudar a política e os políticos, aproximar a ambos das populações, em particular dos mais desprotegidos, dos reformados pobres, dos jovens desempregados ou dos obrigados a sair da sua terra para conseguir emprego, dos que não recebem o valor justo pelo seu trabalho, ou trabalham sem nada receberem (sabemos do que estamos a falar, há
escravidão disfarçada em Tomar), dos que a vida é uma luta diária pela sobrevivência da sua família. É preciso no entanto referir que embora estejamos convictos de que estamos a seguir o caminho certo para a mudança, os objetivos traçados pelo Bloco de Esquerda de Tomar, para a atualidade, ainda não foram atingidos nestas eleições. A Câmara não ganhou um bom vereador, pois por escassos votos é certo, mas Luis Santos não foi eleito, na Assembleia Municipal e na Junta Urbana continuam apenas um representante do BE em cada uma das assembleias, o que limita em ambas a intervenção do Bloco, que poderia fazer a diferença se tivesse a sua representação aumentada. Feito este balanço é agora tempo para trabalhar, o que faremos sem preconceitos em colaboração com quem queira concretizar as reformas económicas e políticas sociais, que colaborem de facto para melhorar a vida dos que ainda aqui habitam e que criem condições para recebermos os muitos que já abandonaram o concelho em busca de trabalho. Não nos convidem para coligações e entendimentos táticos a troco de benefícios pessoais, pois não temos essa ambição, mas contem connosco para fazermos o nosso melhor se for para concretizar as reformas necessárias para alterar de vez as políticas e fazer o que é preciso para melhorar a vida que mais precisam. O nosso compromisso não será com os partidos, mas sim com as ações. O nosso compromisso é com quem votando ou não no Bloco de Esquerda, precisa de voz e intervenção no governo da autarquia e que essa voz chegue também ao governo de Portugal».