Debater o posicionamento dos vinhos do Tejo no Mercado Nacional e Internacional, foi o objetivo do seminário que teve lugar no dia 2 de maio, organizado no âmbito da Festa do Vinho e do Aniversário da AMPV – que tem a sede nacional no Cartaxo. Desafios ao Vinho do Tejo no Futuro, foi o tema proposto aos quatro oradores que o abordaram quer do ponto de vista da necessidade de formação dos profissionais, quer da importância da atenção dada à vinha, passando pela produção do vinho e também pela sua comercialização – Manuel Botelho, do Instituto Superior de Agronomia, falou da Preparação e Condução da Vinha; Helena Mira, da Escola Superior Agrária de Santarém, focou a Formação em Enologia; Pedro Gil, enólogo da Adega Cooperativa do Cartaxo, abordou a Produção de Vinho e João Silvestre, Diretor Geral da CVR Tejo, abordou o tema Comercialização.
Pedro Magalhães Ribeiro defende envolvimento das autarquias na promoção de parcerias e apoio a investidores – O autarca, que deu início aos trabalhos, defendeu que as autarquias devem ser pró-ativas, colocando os seus recursos ao serviço dos profissionais do setor “quer os serviços e técnicos municipais, quer a sua capacidade de promover parcerias entre setores complementares, que possam gerar sinergias”. Os instrumentos de regulação das atividades, “como os planos de ordenamento do território, devem estar preparados para acompanhar os investidores na resposta aos desafios que o futuro lhes colocará, o Plano Diretor Municipal (PDM) deve conseguir garantir a sustentabilidade ambiental, mas também conter respostas rápidas aos investidores, tendo o desenvolvimento económico e a criação de emprego como orientações estratégicas fundamentais”, afirmou. O PDM como “instrumento essencial quer à tomada de decisão sobre investimento, quer de regularização de atividades já existentes, não pode continuar à espera”, lembrando que “não ter licenciamento impede o acesso aos fundos comunitários”. Os trabalhos de revisão do PDM estão “agora a decorrer, depois de terem estado muito tempo parados”, encontrando-se numa fase para o qual o autarca quer “contar com o contributo de todos os que atuam no terreno, têm novos projetos de investimento ou empresas estabelecidas”, para o que vai promover uma sessão pública de trabalho, no próximo dia 12 de maio. O Quadro Estratégico Comum (QEC) “está muito vocacionado para o apoio às empresas e há fundos próprios destinados às autarquias”, referiu o autarca, explicando que áreas como a promoção turística ou o enoturismo, serão consideradas como prioritárias no que respeita aos fundos comunitários, quer no âmbito da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), quer no da Câmara Municipal, com candidaturas que possam incentivar e dinamizar este setor. O autarca afirmou ainda, que a Câmara Municipal reorganizou os seus serviços no início de 2014, criando uma área de trabalho específica para apoio a empresários e investidores, constituída por uma equipa interdisciplinar de técnicos, “esta área está disponível para acompanhar e ajudar a preparar candidaturas a fundos comunitários e está ao serviço de todos os que precisem deste apoio”.
Concursos avaliaram 85 vinhos do Concelho do Cartaxo e do Tejo – Antes do início dos trabalhos, teve lugar a cerimónia de entrega dos prémios dos concursos de vinhos da campanha 2014/2015 – Melhor Vinho na Produção do Concelho do Cartaxo e da Região Tejo. Organizados pela Câmara Municipal, os concursos contaram, este ano, com 41 vinhos tintos, 32 vinhos brancos e 12 vinhos rosé, em representação de casas agrícolas e marcas do concelho e da região Tejo. O primeiro concurso está já na sua 31ª edição, enquanto o concurso de Vinhos do Tejo celebrou 16 anos. A Adega Cooperativa do Cartaxo destacou-se nos dois concursos, com os seus vinhos branco e rosé a arrecadar o primeiro prémio em ambos os concursos, enquanto o tinto recebeu o segundo prémio do concurso do concelho do Cartaxo. Neste concurso, o primeiro lugar foi atribuído a Pitada Verde, casa agrícola que também recebeu o segundo prémio do vinho rosé e o terceiro prémio de vinho branco. António das Neves Nunes classificou o seu vinho tinto em terceiro lugar no concurso do concelho do Cartaxo e, no mesmo concurso, a Sociedade Agrícola Casal do Conde recebeu o segundo lugar para o vinho branco e o terceiro para o vinho rosé.