Tem havido registo, durante os últimos dias, para lamentos de cidadãos, que se queixam por não ter um bombeiro por perto nas alturas de maior aflição neste conjunto de incêndios que está a destruir o Médio Tejo. Estas criticas fazem-se ouvir em Mação, Sardoal, Abrantes ou Vila de Rei, tal como houve outros testemunhos recolhidos nesse sentido em Tomar e Ferreira do Zêzere. Algo tem ficado claro: a organização dos meios no terreno deixa muito a desejar mas, como é óbvio, a culpa não é dos bombeiros, muitos deles voluntários e, ainda assim, a arriscar a vida por aquilo que não é seu. Percorrendo as redes sociais, constata-se, ainda, que há denúncias wm torno do facto de alguns donativos – como àgua e alimentos – não chegarem aos soldados da paz com a frequência desejada… e tudo por uma questão de falta de comunicação. A verdade é que os incêndios estão numa fase como não há memória e aproxima-se um fim-de-semana com índice de risco de fogo no patamar máximo, região do Médio Tejo incluída. Os bombeiros estão esgotados. As populações afectadas também. Por isso, toda a ajuda é bem-vinda, ficando votos para que esse auxílio chegue, de facto, a quem tanto tem lutado.