Os resultados – ainda que momentâneos – das investigações do assalto a Tancos continuam em segredo, o que se percebe dada a complexidade do processo. Outros países, nomeadamente Espanha, estão a acompanhar a situação até porque, nesta altura, é colocado o cenário de que o material de guerra que foi furtado – ou parte dele – já terá mesmo saído de Portugal. O foco centra-se em um ou dois veículos pesados de mercadorias que terão feito o transporte, numa “coluna” a que não terão faltado “batedores” que garantiam que as estradas seguidas não estavam a ser vigiadas pelas autoridades. Seria, assim, um conjunto de viaturas que não passaria despercebido. Assim exigia o transporte de material como cerca de cinquenta quilos de explosivos, 44 lança-rockets anticarro, mais de 100 granadas de mão ofensiva, 1.450 munições de calibre 9 mm, numa lista já anteriormente divulgada pela SIC… e que não se fica por aqui. Entretanto, o «Correio da Manhã» avança que o complexo do Banco de Portugal no Carregado – onde está grande parte das reservas de ouro e onde são produzidas as notas de euro — poderá ser alvo de um ataque com recurso ao material furtado em Tancos, cenário este que, segundo o mesmo «CM», foi «discutido numa reunião entre polícias, militares e serviços secretos nesta quarta-feira».
