http://www.rtp.pt/play/p3138/sexta-as-9
Denúncias de actuais e ex-funcionários do Convento de Cristo ao programa “Sexta às 9”, da RTP 1, fizeram rebentar um conjunto de escândalos associados à conservação e gestão do Monumento Património da Humanidade, de tal forma que, nesta altura, já circula uma petição para a “destituição de Andreia Galvão e da restante direcção» do Convento. Em primeira instância, esteve em causa a rodagem do filme “O Homem que matou D. Quixote”, produção “rodada” no Monumento e que teve um orçamento de milhões de euros. Durante várias semanas, o Convento ficou praticamente sob a responsabilidade da empresa, sendo que alguns desses espaços, refere a RTP, foram vedados ao público apesar de o preço dos bilhetes se manter inalterado. A reportagem mostrou pedras centenárias e telhas destruídas, árvores arrancadas pela raiz, para além de uma fogueira que chegou aos vinte metros de altura e que poderá ter provocado impacto negativo na envolvência. E para além destes possíveis crimes contra o património, houve ainda outras denúncias que se centram numa eventual burla ao Estado, através da bilheteira do Convento, sendo que, segundo o “Sexta às 9”, alguns dos funcionários desse sector são mesmo acusados de desviar verbas na ordem dos dois, três mil euros ao dia. E Andreia Galvão, directora do Convento, é acusada de recorrer a funcionários do Monumento para proveito próprio, nomeadamente para a realização de trabalhos na sua casa… num horário em que esses mesmos funcionários deveriam estar no Convento, denuncia a reportagem da RTP. Nesse sentido, como referido, já circula uma petição para a “destituição de Andreia Galvão e restante direcção do Convento de Cristo”, documento justificado com «provas inequívocas (ndr: pela reportagem da RTP) não apenas da incompetência da pessoa em questão para executar a tarefa que lhe foi incumbida (preservar e valorizar o património PÚBLICO cultural e histórico do Convento de Cristo) – ao permitir a total degradação do espaço e, inclusivamente, a realização de um fogo de enormes dimensões por parte de uma equipa de filmagens – mas também de claros abusos de autoridade e várias outras questões inadmissíveis, sendo imperativo apurar responsabilidades e um afastamento imediato da direcção do mesmo, a qual perdeu qualquer legitimidade para o cargo». Refira-se que a Hertz já tentou obter uma reacção de Andreia Galvão mas, até ao momento, a directora do Convento não atendeu o telemóvel.