Aconteceu nos passados dias 27 e 28 de maio, no Complexo da Levada, em Tomar, o CityHack, uma maratona tecnológica de 24 horas que juntou 70 jovens talentosos e com vontade de mostrar as suas ideias, num total de 16 equipas, oriundas de 10 instituições de ensino superior e a representar 17 cursos. Esta iniciativa promovida pelo Mestrado de Analítica e Inteligência Organizacional (MAIO) do Instituto Politécnico de Tomar (IPT) em parceria com o Município de Tomar iniciou-se no sábado, dia 27 de maio, pelas 10.00h, com uma visita pela cidade, onde os mentores, profissionais especialistas nas áreas a concurso (Social & Inclusão, Turismo & Cultura, Saúde & Bem Estar, Emprego e Dinâmica Empresarial e Mobilidade & Eficiência Energética), apresentaram os problemas que se colocam às cidades nestas temáticas e motivaram as equipas participantes para os tentarem resolver.
A maratona teve início pelas 15.00h e, durante 24 horas, as equipas puderam desenvolver soluções efetivas e já consolidadas de plataformas para cidadãos, baseadas em soluções de realidade aumentada, aplicações móveis e inteligência artificial. O júri, constituído pelos parceiros tenológicos do evento e pelas instituições organizadoras: NOESIS (Cristina Carvalho), COMPTA (Helder Quintela), CILNET (Rita Tecedeiro), MEDIATREE (Olivier Molero), SOFTINSA (Henrique Mourisca), IPT (Eugénio Almeida) e Município (Anabela Freitas), anunciou pelas 15.00h, no domingo, as equipas vencedoras:
– Em 1.º lugar ficou a equipa Snacks Alternativos com o projeto À minha volta, uma app de divulgação de eventos, numa área geográfica onde o utilizador se encontra. Os promotores têm a possibilidade de promover os eventos e os utilizadores perceber e escolher aqueles nos quais têm interesse em assistir perto da zona onde se encontram.
– Em 2. º lugar ficou o projeto STOUR da equipa Tom@rH@cks que tem como objetivo recolher dados das visitas ao locais turísticos, com o recurso a sensores e pulseiras disponibilizadas aos turistas. Esses dados, após um tratamento estatístico, são analisados para perceber quais os percursos mais comuns e permitir novas experiências aos visitantes.
– Em 3.º lugar ficou a equipa Amar pelos 5 com o projeto TemplarBench, constando de uma aplicação e o desenvolvimento de um banco de jardim que vai disponibilizar o acesso gratuito à internet a todos os utilizadores da aplicação e recolher dados dos utilizadores para estudos demográficos das visitas turísticas numa cidade.
De acordo com Nuno Madeira, coordenador do mestrado em Analítica e Inteligência Organizacional e elemento da organização deste Hackathon, “foram mesmo desenvolvidas soluções alinhadas com as boas práticas e envolventes para cidades inteligentes. O objetivo principal desta iniciativa onde se pretendia que a tecnologia fosse centrada nas pessoas com a criação de plataformas e soluções disruptivas que melhoram a vivência nas cidades e permitem a partilha de conhecimento para melhores decisões, foi claramente atingido.” Realçou ainda um dado estatístico que considera “um feito nunca visto”: este evento de cariz tecnológico contou com 25% de participantes do sexo feminino (oriundos de áreas tecnológicas ou de suporte como por exemplo as áreas sociais e de turismo). A título de balanço destas 24 horas tecnológicas, Nuno Madeira acrescenta que os participantes referiram o enriquecimento que tiveram, não só pela resolução de questões no domínio da procura de soluções para problemas concretos, mas no âmbito das relações humanas e uso das novas tecnologias, considerando o evento uma memória que jamais esquecerão.
Este City Hack, que surge de uma parceria entre o Politécnico de Tomar e o Município, comprova que o IPT está a cumprir o seu papel natural na procura e desenvolvimento de soluções nas áreas abrangidas neste Hackathon e que as parcerias com empresas tecnológicas têm contribuído para cimentar a sua importância no ecossistema das cidades inteligentes, ao mesmo tempo que a autarquia consolida o seu interesse no fomento de ideias exequíveis que ajudem Tomar a tornar-se uma cidade mais intuitiva e “fácil de utilizar”, e pólo criativo no contexto das cidades inteligentes.