De 9 a 11 de junho, Constância recebe as XXII Pomonas Camonianas, um grandioso evento cultural que pretende homenagear Camões, a época em que o épico viveu e a sua ligação à vila de Constância. Constância tem com Camões uma muito antiga e arraigada relação de afeto, fundada na plurissecular tradição de que o épico terá vivido na vila durante algum tempo, aqui tendo escrito parte da sua produção poética. Sobre as ruínas que o povo aponta como tendo sido as da casa que o acolheu, foi erguida a Casa-Memória de Camões que visa perpetuar a memória do poeta em Constância e transformar-se, a prazo, num Centro de Estudos Camonianos.
Em Constância evocam igualmente o nosso épico o Monumento a Camões do mestre Lagoa Henriques e o Jardim-Horto Camoniano, desenhado pelo arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles, que apresenta a maior parte das plantas referidas por Camões na sua obra e é considerado um dos mais vivos e singulares monumentos erguidos no mundo a um poeta.
Todos os anos pelo 10 de Junho, Dia de Camões, Constância celebra Camões e a sua relação com ele, realizando as Pomonas Camonianas, uma exposição-venda das flores e dos frutos referidos pelo poeta na sua obra (mercado quinhentista), evocando os tempos em que Camões aqui terá vivido. São protagonistas os alunos dos estabelecimentos de ensino do concelho, dos jardins-de-infância à escola secundária, que, com a colaboração dos seus professores, dos pais e encarregados de educação, das animadoras e do pessoal não docente, representam figuras da época, animam o mercado, declamam poesia e apresentam danças quinhentistas, numa manifestação festiva de apropriação coletiva da memória de Camões. Paralelamente ao Mercado Quinhentista, integram o programa das XXII Pomonas Camonianas, um Cortejo Quinhentista, o VI Festival Hípico de Constância, a Feira de Antiguidades e Velharias, a Orientação Noturna, Danças Quinhentistas, o Declamões, a Taberna Quinhentista e muita animação.