Notícia Rádio Hertz. Os agrupamentos escolares do concelho de Tomar estão a trabalhar, nos bastidores, tendo em consideração o recente fenómeno em torno da «baleia azul». Há mesmo, numa dessas estruturas – que a Hertz não identifica propositadamente – um «alerta geral» até porque estão a ser acompanhados dois casos que já mereceram a atenção dos responsáveis, dois casos que, apurou a nossa redacção, causaram «alguma estranheza». Ainda assim, fonte oficial da Polícia de Segurança Pública de Tomar assegurou à Hertz que não tem conhecimento de exemplos concretos em torno de supostos participantes no “jogo” mas admite que todo o cuidado é pouco e, por isso, durante a próxima semana, serão feitas algumas acções de sensibilização junto da comunidade escolar. Entretanto, os próprios agrupamentos já estão a alertar professores, funcionários e encarregados de educação sobre aquilo que pode estar em causa. No «Nuno de Santa Maria», por exemplo, tem sido promovida uma «larga sensibilização» junto de todas as turmas, enquanto no «Templários» foi o Serviço de Psicologia e Orientação (SPO) que elaborou um conjunto de sugestões para docentes e encarregados de educação.
A “baleia azul” já causou vítimas em Portugal, sendo que o primeiro caso ficou mediatizado no Algarve, precisamente num viaduto em Albufeira, para onde uma jovem se atirou. Ficou ferida mas não concretizou o seu objectivo, que passava pelo suicídio. Ainda houve registo para mais duas outras situações – já confirmadas pela Polícia de Segurança Pública – mas sem chegar à gravidade do exemplo algarvio. Em todo o mundo, já terá havido cerca de 130 suicídios só na Rússia – país de origem da “baleia azul” – seguindo-se países como o Brasil e a Colômbia com um elevado número de participantes.
Está em causa um conjunto de cinquenta desafios diários, sendo que o último passa pelo suicídio. E quem quer desistir sofre ameaças dos chamados “administradores” da “baleia azul”, pessoas que procuram, nas redes sociais, adolescentes com problemas de depressão ou isolamento. Esses desafios obrigam as vítimas à automutilação, desde ferir a mão, com uma navalha, escrevendo “F57”. E é necessário tirar uma foto para que o “administrador” possa ver que, de facto, o desafio foi ultrapassado. Depois, também se pede aos jovens para quem passem um dia sem falar com ninguém, que suba a telhados e se sente à borda, que assista a filmes de terror às 4h20 da manhã, cortar o lábio e, já numa última fase, tirar a própria vida.