O Partido Social-Democrata, através do vereador João Tenreiro, acusou o executivo do Partido Socialista na Câmara de Tomar de recorrer à modalidade de ajuste directo como uma «regra e não como uma excepção», suportando-se no Tribunal de Contas para referir que essa contratação de serviços deve ser seguida «depois de esgotadas todas as outras possibilidades». O eleito do PSD centrou a sua intervenção num ajuste directo que está no portal basgov, que “fala” de um investimento do Município na ordem dos 74500 euros para a elaboração do projecto de requalificação da praceta Raul Lopes. João Tenreiro referiu que estão em causa «dinheiros públicos» e que, por isso, é uma verba «muito exagerada para um espaço tão pequeno». O PSD apresentou, então, um requerimento para saber, até, informações sobre a empresa escolhida, garantindo que outras fariam o mesmo serviço por um preço mais em conta.
Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, referiu que a Lei «nada diz sobre excepções ou regras» mas apenas que um ajuste directo pode ser feito até um valor de 75 mil euros, o que é o caso. Confrontada porque estamos em ano de eleições, a autarca deixou claro que não será por isso que irá deixar de apresentar projectos até porque estes documentos têm que estar concluídos até 31 de Maio para que a autarquia possa recorrer a fundos comunitários. Quanto ao ajuste directo em “cima da mesa”, Anabela Freitas esclareceu está em causa a construção da ciclovia que vai ligar o Politécnico à praceta Raul Lopes que, dessa forma, no mesmo caderno de encargos, também irá ser intervencionada no sentido da mobilidade.