Início CULTURA ABRANTES – Festival Mourisco apresentado na Escola Profissional

ABRANTES – Festival Mourisco apresentado na Escola Profissional

A Câmara Municipal de Abrantes apresentou no dia 20 de março, no auditório da EPDRA – Escola Profissional de Desenvolvimento Rural, o Festival Mourisco, que vai realizar-se nos dias 26, 27 e 28 de maio, na Freguesia de Mouriscas. Surgiu de uma proposta apresentada pelo cidadão Amadeu Bento Lopes, com o orçamento de 60 mil euros, tendo sido a segunda mais votada entre as quatro vencedoras da 1ª edição do Orçamento Participativo de Abrantes (2016). Trata-se de um evento de recriação histórico-cultural alusiva aos séculos X e XI que fará uma viagem ao mundo medieval de um imaginário mourisco em tempo de reconquista Cristã e que contará com três momentos de recriação histórica: a chegada da caravana moura; o ataque às mouras e um momento de junção das duas culturas. No centro da freguesia será criada a “Aldeia Mourisca” com três espaços centrais, incluindo a Liça (treino de cavalos) e zona de espetáculos de contextualização, área de jogos e brincadeiras, áreas alimentares/restauração, área de mercadores (barraquinhas e artesãos) e os dois acampamentos, o cristão e o mouro.

Todos os momentos serão construídos com a participação ativa de voluntários, integrados com as companhias profissionais. Os cidadãos, escolas, associações do concelho podem participar no grupo de dança medieval, nos workshops de arte militar medieval ou integrar o acampamento Mouro e praticar os diferentes ofícios (ferreiro, oleiro, falcoaria, cozinha, destilação, escrita, entre outros). Serão promovidos 6 workshops destinados à preparação dos vários intervenientes inscritos para as diferentes participações: decoração de espaços comerciais e residenciais (toda a comunidade); construção de figurinos (pessoas com alguns conhecimentos de costura); criação de postos de venda (Interessados em construir bancas para venda de produtos); criação de personagens (todos os interessados em teatro – idade mínima de 8 anos, desde que acompanhados por responsável adulto), arte militar medieval (técnicas de combate) para homens e mulheres maiores de 18 anos, e danças coreografadas (todos os interessados em dança), sendo a idade mínima de 8 anos, desde que acompanhados por responsável adulto.

Por outro lado, as associações culturais e os grupos de teatro poderão propor a criação de quadros ou participar na oficina de conceção de personagens. As inscrições estão abertas e podem ser efetuadas até dia 13 de abril no site da Câmara (cm-abrantes.pt) ou no Facebook do evento. Incluem seguro, formação específica para a área escolhida e alimentação durante o evento (caso esteja em mais do que um turno). Por parte dos intervenientes foi feito um amplo apelo à participação por parte da população do Concelho de Abrantes e da região, mas também a nível nacional. Coube ao vereador Luís Dias a apresentação do Festival, tendo referido na ocasião que o evento será também “uma viagem de aprendizagem para todos aqueles que gostam de conhecer a evolução de um país com nove séculos de história”. Referindo-se ao Orçamento Participativo, o autarca afirmou que para responder a este “exercício de cidadania ativa”, se espera agora a mobilização da comunidade, enquanto fator de “democracia participada”.

Já Maria Teresa Dinis, a presidente da Junta de Freguesia de Mouriscas, congratulou-se com os dois projetos da freguesia terem sido vencedores do Orçamento Participativo ( a proposta mais votada pela população do concelho foi para o projeto de Requalificação paisagística do Largo Espírito Santo, nas Mouriscas) e deixou um apelo para que “os mourisquenses se possam unir para novos projetos”. Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes, felicitou a comunidade mourisquense “pelo empenho na votação” no Orçamento Participativo. Partindo dessa motivação deixou um vivo apelo para que “os mesmos que se motivaram para a votação, se motivem agora também para a sua concretização”. Sobre o exercício da participação popular que serve de mote aos orçamentos participativos, a Presidente da Câmara salientou a importância deste ciclo de políticas públicas centradas “na qualidade de vida dos cidadãos, aliadas à competitividade do território”, concluindo que: “O sucesso das comunidades passa pelo envolvimento do cidadão na construção de um futuro coletivo”.