A iniciativa partiu da estrutura Concelhia do PS de Santarém e o tema mereceu larga participação, envolvendo representantes da sociedade civil e de outras forças políticas. Tratou-se de uma sessão de trabalho que decorreu ao longo do serão de sexta-feira, dia 10 de abril, na casa do Brasil, em Santarém. A preocupação com “o estado moribundo a que chegou o centro histórico da capital do Distrito esteve na origem desta sessão de trabalho”, justificou Rui Barreiro, líder da Concelhia de Santarém, para quem “a Câmara Municipal apresentou um plano de revitalização que não sequer digno dessa designação!” Rui Barreiro justificou: “o mínimo exigível era que tivesse como peça nuclear um orçamento atribuído, além de um calendário de execução e de uma planta do próprio centro histórico. Mas nem isso tem!” Rui Barreiro, ex-Presidente da Câmara de Santarém, lamentou que “o trabalho feito pelos executivos socialistas não tenha tido seguimento” e que “não tenham sido implementadas medidas estruturantes de base, tais como o desenvolvimento dos projetos-âncora do centro histórico”. “Pelo contrário”, sublinhou a vereadora Idália Serrão, que acrescentou: “Houve uma rutura com esses projetos e um abandono completo do centro histórico”. Às críticas, somaram-se propostas de trabalho, desde “o estabelecimento de um acordo de regime para assegurar a continuidade do processo de revitalização ao longo dos mandatos, independentemente de que esteja no poder”, até à “estruturação de uma rede de transportes ecologicamente eficientes que assegurem a mobilidade dentro do centro da cidade”. Este debate contou com a participação do Presidente da Federação Distrital, que aproveitou a proximidade das comemorações de mais um aniversário da Revolução dos Cravos para criticar “a dispersão do património museológico relacionado com o 25 de Abril por uma série de entidades distintas que nada têm que ver com a cidade de Santarém”. António Gameiro defendeu que “é tempo de reivindicar para Santarém o Museu da Liberdade e do 25 de Abril! O espólio está espalhado pelo Museu da Presidência, pelo arquivo do Conselho de Ministros, pela Assembleia da República, Torre do Tombo, Associação 25 de Abril, etc. É tempo de o instalar no Centro Histórico de Santarém sob a forma de Museu Nacional, homenageando a sublime bravura e coragem dos Capitães de Abril na pessoa de Salgueiro Maia!”