No dia 27 de Novembro, pelo preço de 8,5 EUROS (com tudo incluído) e com oferta de saca de pano, caneca, roteiro e baralho de cartas personalizado, o Rancho de Alviobeira promoveu a sua III ronda das Adegas que de “copofonia” nada tem… antes muita cultura, diversão e reposições. O percurso a pé, iniciou-se na Escola Primária de Alviobeira com a inscrição. Uns metros mais à frente e na mesma rua a distribuição do caldo, passas de figo, aguardente e abafado Casa do Carlos Costa (rua da Escola – Alviobeira) casa do Ti Jo´se da Costa ainda vivo e que está no Lar da Igreja Nova. Aqui a encenação pelo RFEA – Visita à cozinha – pequeno almoço na rua debaixo da nogueira (café, chá, vinho, bolos, pão, queijo, queijadas, brendeiras, etc.) Dali depois no olival (junto ao cemitério) do amigo Soares; uma encenação da apanha da azeitona e com acompanhamento pelo Manuel Azevedo (Piçarra) a cavalo. Dali a pé até Ceras e na velha escola primária de Ceras que precisa de obras no telhado urgente para não se degradar mais e pela qual a Câmara nada tem feito, uma feliz encenação da professora e alunos (RFEA) com a cedência de material pelo funcionário da Câmara Leonel António- carteiras e material escolar (FAI) . Aqui ouviu-se histórias sobre o vinho proferidas por Nuno Garcia Lopes. À espera um autocarro da Rodoviária Tejo fretado para percurso de autocarro, já que o percurso ia de um extremo ao outro da União de Freguesias. Visitaram a Associação de Caçadores dos Casais – Torre (antiga escola primária) em que houve animação pela concertina do jovem Tomás Rodrigo, depois a Adega Casal Martins na Fontinha – Algáz com visita à adega de Anca Poiana e Vitor Martins e workshop sobre o vinho. A visita continuou a pé pela Ribeira de Ceras na zona Pego (já no concelho de Ferreira Zêzere União e Freguesias de Areias/Pias) e aula de Chi Kung pelo Mestre Xuan Wu pelo Chi Kung ao som da música de Hugo Minds. Aqui uma visita guiada à unica azenha de água a laborar na região de Abílio Ferreira Simões. Com encenações ao longo da ribeira, chegaram à Casa do Manuel Sousa e Elizabete Ribeiro (no Escoural) e onde a bucha ( carne e enchidos assados, pão quente, azeitonas, petingas, queijo, toucinho, vinho e capilé). Nova animação com Kevin Magill (flauta) Percurso de autocarro até ao Chão das Eiras e na adega de Júlia Costa (chão das Eiras), houve visita à adega; depois a adega Deolinda Caetano com animação musical por patrícia Rodrigues. O grupo mudou-se para os Calvinos e na Eira do Ti António Cabeleira houve bailarico animado pelo Tomás Rodrigo e RFEA com a participação de todos. Depois a adega e casa do Eduardo Pereira com visita à adega e casa e aqui o vinho quente, castanhas e bolos de anis. Fizeram as delícias dos participantes. O almoço foi na Quinta da Runfeira (Migas, carne grelhada e sopa) – animação João Antunes, Paulo Silva (cantares ao desafio) e depois fados no palheiro pela fadista Ana Fernandes . No fim dos fados velhoses e café quente! Ou seja sempre a comer e a beberricar!
Refere a Manuela Santos que idealizou e encenou a sua “equipa” “Nada melhor, nos dias frios do Inverno, que uma bebida que aqueça o corpo, a alma e o coração. E o vinho é mestre nesta arte. Aqui o vinho parece dar mote a uma entusiasmante Ronda das Adegas, da qual fazem parte provas gastronómicas, prova de vinho, conversas, música, teatro, histórias, entre outras atividades. O dia da ronda das adegas é intenso, as emoções sucedem-se, sobrepondo-se umas às outras e o tempo passa a voar, tornando difícil reter e enumerar tudo aquilo que nos vai na alma”. Refere ainda que o dia da Ronda das Adegas, passado na nossa terra trouxe-nos à memória a nossa história e a certeza que o futuro constrói-se sobre os alicerces do passado e que neste sentido o RFEA tem feito um trabalho ímpar. António Freitas e Manuela Santos