O tão falado regresso de Medicina Interna ao Hospital de Tomar «não passa de uma “chico-espertice” do Ministro da Saúde e do respectivo Ministério». Quem o diz é o Partido Social-Democrata, corroborando aquilo que Pedro Marques, vereador dos Independentes, começou por afirmar na recente reunião da Câmara Municipal. Ou seja, a referida valência pura e simplesmente… não existe! Aliás, confrontada com estas palavras da oposição, a própria Anabela Freitas, presidente da autarquia nabantina, não disse claramente que a Medicina Interna existia, referindo, apenas, que está um internista ao serviço vinte e quatro horas por dia e que os doentes com necessidade de outros exames seriam encaminhados para Abrantes, onde está situada a urgência médico-cirúrgica. Com efeito, se o serviço se resumir à “simples” presença de um internista, então a valência não poderá ser qualificada como Medicina Interna pois se assim fosse então os doentes seriam totalmente avaliados sem a necessidade de serem transferidos para Abrantes… o que ainda acontece.
O alerta foi, então, deixado por Pedro Marques, vereador dos Independentes, que não poupou nas palavras, até mesmo para lamentar que o próprio Ministro da Saúde se tenha prestado a este papel:
João Tenreiro, vereador do Partido Social-Democrata, foi mais incisivo nas críticas, classificando, então, a visita do Ministro da Saúde por ocasião da inauguração da suposta Medicina Interna como uma “chico-espertice”:
Confrontada, assim, com estas críticas, Anabela Freitas, presidente da Câmara de Tomar, não disse claramente que, de facto, existe Medicina Interna no Hospital Nossa Senhora da Graça, não tendo dúvidas, porém, em assegurar que o serviço actual «é melhor do que existia no passado»: