No próximo dia 15 de outubro a Biblioteca Municipal José Cardoso Pires vai receber pelas 18h30 a apresentação do livro “O Comprimido de Palavras” do autor Paulo dos Santos, no âmbito da segunda edição do workshop “Saúde Mental: um Direito de Todos. Quem cuida da Mente, cuida da Vida”. O autor nasceu a 22 de outubro de 1966, numa Missão Católica no Bailundo, Angola, onde viveu até aos 14 anos. Em 1981 veio para Portugal ingressando no Seminário diocesano de Portalegre e mais tarde no Seminário Maior da diocese de Coimbra, onde estudou línguas clássicas e filosofia. Mais tarde abandona o seminário e vai para Lisboa, onde termina, em 1997, a licenciatura em Psicologia clínica. Em 1999, começou a exercer as suas funções de psicólogo, num centro psiquiátrico, pertencente à Congregação das Irmãs Hospitaleiras, Condeixa-a-Nova, onde, há 17 anos se dedica à psicoterapia e à reabilitação psicossocial de doentes mentais e deficientes intelectuais. Interessa-se pela Pessoa vista como um Ser Único, e por tudo o que lhe possa devolver a dignidade, tornando-a mais Pessoa, mais Humana e mais feliz.
Para o autor:
“As palavras são autênticos remédios ou venenos que nos entram pelos olhos e pelos ouvidos, libertam-se de nós pelos dedos e pela boca, trazem e levam dentro delas uma energia poderosa que atinge a mais ínfima célula, como se fossem verdadeiros comprimidos. São desenhos e sons que se libertam de nós, carregados do que somos. Com eles deixamos uma marca esculpida nos outros, uma tatuagem sonora que permanecerá na pele das consciências como ruído angustiante ou como melodia doce. Afinal, também há palavras com efeitos adversos. Somos alérgicos a algumas, dependentes de outras e, por vezes as mais pequeninas são as mais tóxicas ou as mais curativas. A nossa linguagem é uma autêntica farmácia. A escolha dos melhores remédios e da melhor dose para dar aos outros, depende sempre de nós.”