O Instituto Nacional de Emergência Médica confirmou, em exclusivo para a Hertz, o período de tempo que demorou a prestação de socorro a Timóteo Claro, menino de cinco anos que perdeu a vida no Domingo, consequência da queda de um muro de uma estrutura situada em Além da Ribeira, na freguesia de Madalena/Beselga. Basta dizer que ambulância Suporte Imediato de Vida do Hospital de Tomar chegou ao local… 49 minutos depois do pedido de socorro. Importa, assim, dar conta das explicações transmitidas pelo INEM, após o pedido de esclarecimentos da Hertz: «Foi recebido no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) um pedido de socorro às 20h16m para a ocorrência em questão. Após localizada geograficamente a ocorrência e efetuada a triagem clínica, foram acionados os meios de socorro que se encontravam disponíveis e mais próximos do local da ocorrência, nomeadamente uma Ambulância de Socorro dos Bombeiros Voluntários de Ourém às 20h28m, uma vez que os Bombeiros Municipais de Tomar não tinham ambulância disponível, e a Ambulância de Suporte Imediato de Vida (SIV) de Torres Novas, às 20h31m, uma vez que a SIV de Tomar se encontrava ocupada noutra ocorrência que decorria em simultâneo. Às 20h38m a SIV de Tomar ficou disponível, sendo acionada de imediato pelo CODU para a ocorrência em questão, uma vez que chegaria ao local antes da SIV de Torres Novas, sendo esta desativada. O Operador do CODU fez às 20h44m uma tentativa de contacto com o local, sem sucesso uma vez que a chamada não foi atendida. Às 20h45m o CODU recebeu um novo contacto do local, questionando a demora dos meios de socorro mas tendo a ambulância chegado ainda no decorrer desta chamada. De acordo com os registos disponíveis a SIV de Tomar chegou ao local às 21h05m», refere, então, esta explicação do INEM que, a finalizar, garante que «a atuação do CODU foi realizada de acordo com as normas e procedimentos em vigor, acionando para o local da ocorrência os meios de socorro indicados para dar resposta à situação clínica do doente e que se encontravam disponíveis e mais próximos do local». Foto Jornal de Notícias
Perante este esclarecimento, a Hertz entendeu por bem voltar a colocar novo conjunto de questões ao INEM. Ficam, para já, estas dúvidas:
– Quando se refere que o pedido de socorro chegou às 20h16, qual a explicação para um intervalo de doze minutos para a solicitação de ajuda a Ourém?
– Porque é que a SIV de Torres Novas foi desactivada quando já tinha sete minutos de avanço relativamente à SIV de Tomar? Face à demora que este último veículo em chegar ao local, não teria sido melhor opção manter a chamada na Suporte Imediato de Vida torrejana?
– Porque é que não foram accionados os bombeiros de Tomar para prestar uma primeira assistência mais adequada no local até à chegada dos outros meios? É um facto que a corporação de Tomar não dispunha de veículo de transporte para doentes urgentes mas tinha outros veículos que possibilitariam uma assistência mais rápida à vítima.
