Pelo segundo ano consecutivo, a Sinagoga de Tomar recebeu um Certificado de Excelência concedido pelo site de viagens TripAdvisor, um dos mais conceituados do mundo, com base na elevada e consistente pontuação atribuída àquele monumento pelos seus clientes.
Raríssimo exemplar dos templos judaicos medievais, a Sinagoga de Tomar é a única, dessa época, integralmente conservada ainda existente em Portugal. Foi construída em meados do século XV propositadamente para a função religiosa, o que revela a disponibilidade financeira da comunidade judaica aqui residente e a sua prosperidade.
A arquitectura do edifício, simples e com influências orientais (de planta quase quadrangular com abóbadas de arestas assentes em quatro colunas, capitéis decorados com motivos geométricos e vegetalistas e doze mísulas adossadas às paredes), está carregada de simbolismo. Escavações de 1985 mostraram estruturas de aquecimento de águas e talhas, comprovando a existência de sala para banhos purificadores.
Além da função para que foi edificada, serviu também como escola, assembleia e tribunal da comunidade judaica tomarense. Foi encerrada em 1496, aquando do édito manuelino de expulsão dos Judeus, após o que foi convertida em prisão.
No séc. XVII é referenciada como Ermida de S. Bartolomeu e no séc. XIX terá sido palheiro, celeiro, armazém de mercearias e arrecadação.
Em 1921 foi classificada como Monumento Nacional. Samuel Schwarz, judeu polaco investigador da Cultura Hebraica, salvou-a do estado caótico em que se encontrava, adquirindo-a em 1923 e doando-a, em 1939, ao Estado Português, para ali instalar o Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto.