Marcelo de Oliveira Paz apresenta a Comunicação “O monopólio Quintela da caça à baleia no Atlântico Sul (1765-1801)”, no próximo dia 7 de junho (terça-feira), às 18h30, no CIJVS – Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão. O palestrante é mestre em Estudos Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, professor da disciplina Área de Integração na escola profissional INETESE, em Leiria. A sua área de investigação está na atividade baleeira no contexto do Império português setecentista, que culminou na dissertação de mestrado intitulada por Companhia da Pescaria das Baleias nas Costas do Brasil (1765-1801): a caça ao Leviatã dos mares. Licenciado e Bacharel em História desde 2003 pela Universidade Federal de Santa Catarina.
Mestre em Estudos Brasileiros pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, atribuído em 2016. É membro do Centro de Investigação Joaquim Veríssimo Serrão. Atuou como docente da disciplina de História, por volta de seis anos (2003-2009), lecionando no ensino básico e secundário de escolas públicas e privadas no Brasil. Durante este período teve a oportunidade de ser professor, tanto em sala de aula como no laboratório de História da escola Instituto Estadual de Educação (Florianópolis/SC), considerada uma das maiores escolas públicas da América Latina. Atualmente é professor da disciplina designada por Área de Integração na escola profissional INETESE, localizada em Leiria.Há praticamente dois anos dedica-se a investigar a atividade baleeira no contexto do Império português setecentista, que culminou na dissertação de mestrado intitulada por “Companhia da Pescaria das Baleias nas Costas do Brasil (1765-1801): a caça ao Leviatã dos mares”.
A presente conferência trata da Companhia da Pescaria das Baleias nas Costas do Brasil, uma sociedade formada no mesmo momento histórico em que surgiram as designadas “companhias pombalinas”, a qual exerceu o monopólio do contrato referente a atividade baleeira na América portuguesa no período compreendido entre 1765 e 1801.A sua administração recaiu inicialmente nas mãos de Inácio Pedro Quintela, cabendo mais tarde ao seu sobrinho Joaquim Pedro, ambos negociantes oriundos de uma eminente família da elite mercantil lisboeta da segunda metade do século XVIII. Por meio do exame de uma ampla documentação preservada no acervo dos principais arquivos portugueses, nos foi possível compor um retrato interessante deste peculiar empreendimento, que até o momento se conservava esquecido pela historiografia das duas margens do Atlântico. Estas fontes nos possibilitaram abordar aspetos relevantes, tais como: a produção e o respetivo mercado dos géneros extraídos das baleias, nomeadamente o azeite e as barbas; assim como o quotidiano das armações, inclusive nos permitindo estabelecer a proporção entre os trabalhadores livres e cativos. Da análise destes manuscritos emerge ainda a figura de João Marcos Vieira, um indivíduo nascido no Reino, mas que dedicou praticamente cinquenta anos da sua vida à pesca das baleias no litoral americano, atuando inicialmente como administrador de algumas feitorias baleeiras, e depois conseguiu alcançar no decurso da sua trajetória pessoal, o posto de Capitão-mor de Ordenanças da Ilha de Santa Catarina juntamente com o cargo de Administrador-geral do contrato na cidade fluminense.A sessão tem a duração de 1h30 e a entrada é livre. www.cm-santarem.pt