As pulseiras livre-trânsito, que dão acesso aos quatro dias da Feira Quinhentista de Torres Novas «D. Jaime de Lencastre – no tempo das confrarias», que decorre de 2 a 5 de junho no centro histórico da cidade, já podem ser adquiridas a um preço reduzido. A pré-venda decorre até 26 de maio, fase em que as pulseiras têm um custo de 3,5€, podendo ser adquiridas nas Piscinas Municipais Fernando Cunha (de segunda a sexta das 8h às 21h; sábado das 9h às 13h e das 15h às 18h), no Teatro Virgínia (terça a sexta das 11h30 às 13h30 e das 14h30 às 19h00; sábado das 15h00 às 19h00), na tesouraria da Câmara Municipal de Torres Novas (de segunda a sexta das 8h30 às 16h30), e ainda nas juntas de freguesia fora da cidade. Nos dias 14, 15, 21, 22 e 26 de maio poderão também ser adquiridas na loja do Pingo Doce em Riachos.
Durante o evento, a pulseira livre-trânsito custará 6€ e a pulseira diária 4€, estando disponíveis nas bilheteiras do evento, junto ao recinto. A entrada é gratuita para crianças com idade até aos 12 anos, inclusive. Filho de D. Jorge de Lencastre, marquês de Torres Novas e duque de Coimbra, D. Jaime de Lencastre era neto bastardo de D. João II. Ilustre figura da Casa de Aveiro, que tinha o paço junto a Sant’Iago, Jaime de Lencastre foi padroeiro das quatro paróquias de Torres Novas e exerceu cargos eclesiásticos de relevância junto da corte de D. João III.
Estamos na época dos Descobrimentos, surgia a Inquisição, era o tempo das confrarias, já antigas, e da fundação das primeiras misericórdias. Reinaram D. Manuel I e D. João III. O reino teve prosperidade, consequência das viagens marítimas e das riquezas de África, do Oriente e do Novo Mundo. A vila vive uma grande agitação com a chegada do novo prior, D. Jaime de Lencastre, futuro bispo de Ceuta. Funda-se o convento do Espírito Santo e anunciam-se novos templos, no rossio do Carrascal erguer-se-á depois um novo convento. Os homens bons do concelho fundam a Misericórdia, reunindo os bens das sete confrarias da vila (Santa Maria do Vale, Santa Maria dos Anjos, S. Pedro, S. Bento, de Jesus, do Salvador e de S. Brás), facto bem revelador da forte rede de coesão social de então. Torres Novas agita-se com a passagem de peregrinos e com a chegada do visitador, que castiga quem vive à margem das normas e vigia os costumes. O povo resiste, divertindo-se com os autos e farsas de António Prestes, dramaturgo torrejano da escola vicentina.