Abril está a chegar ao fim e, com ele, aproxima-se o “prazo” definido pelo Ministro da Saúde para que haja certezas sobre o eventual regresso da Medicina Interna ao Hospital Nossa Senhora da Graça, em Tomar. Recorde-se que este cenário foi dado como certo há alguns meses mas, até agora, não houve registo para mais nenhuma indicação nesse sentido sendo que, convém referir, estão em marcha diversas recomendações de partidos com assento na Assembleia da República (PSD é excepção) que pedem o regresso não só daquela valência como também da urgência médico-cirúrgica e da pediatria aos três hospitais do Médio Tejo. E, nesta sexta-feira, haverá votação nesse sentido, nomeadamente ao projecto de resolução do PCP. No entanto, nesta terça-feira, por ocasião de mais uma reunião da Câmara de Tomar, o vereador João Tenreiro – do Partido Social-Democrata – quis saber até que ponto as palavras de Adalberto Campos Fernandes teriam sofrido algum desenvolvimento: «Chegaram-nos relatos de algumas pessoas, a nós PSD, respeitantes às urgências, que estão cada vez mais caóticas. O tempo de espera está em 12 horas. Isso é muito. Já nos trouxeram alguns relatos de pessoas que nos pediram para alertar o Município para se tome alguma posição. Gostava de saber se há algum “feed back” por parte do Ministro da Saúde, que já tinha dito que a medicina interna iria voltar ao hospital de Tomar mas gostava de saber se há desenvolvimentos… Ouvi a entrevista do mesmo na TVI mas, aqui, não o ouvi falar do Médio Tejo. Fiquei preocupado. As promessas da campanha eleitoral feitas por esta Governo estão a ser cada vez mais adiadas».
Bruno Graça, vereador eleito pela CDU e com responsabilidades na área da saúde, dentro do Município de Tomar, confirmou que nada sabia para além da promessa do governante e admitiu que já é tempo de pedir explicações: «Sei que já foram aprovadas no Parlamento duas resoluções que o PCP apresentou… Uma que recomenda que sejam definidos os princípios para a reorganização hospitalar e revogação da célebre portaria 82/2014… Isto foi aprovado. O PCP apresentou outra no sentido de se proceder ao reforço dos meios humanos e materiais, o que foi também aprovado. Quanto a uma decisão do senhor Ministro, não tenho mais nenhuma informação sendo certo que é altura de perguntarmos uma vez que ele se comprometeu que até final de Abril daria informações concretas sobre decisões».