O terreno situado na Avenida António Fonseca Simões – nas imediações da Guarda Nacional Republicana de Tomar – espaço que até pertence ao Município, pode transformar-se numa solução para a instalação da comunidade de famílias de etnia cigana que vive no Flecheiro. A proposta é de Luís Ferreira, ex-chefe de gabinete da presidente da autarquia e membro da Assembleia Municipal de Tomar pela bancada do Partido Socialista, ideia que, aliás, foi tornada pública no seu blogue «vamosporaqui». Luís Ferreira refere ser este o «local ideal para a instalação de parte da comunidade cigana, em edifícios próprios, que melhorem a sua qualidade de vida e, de uma vez por todas, termine com aquele degradante espectáculo na entrada da Cidade Templária», refere. Sobre a proposta avançada, Luís Ferreira, em declarações à Hertz, refere que o objectivo passa por «encontrar uma solução para um problema que dura desde há muitos anos».
Este é um processo que, refere Luís Ferreira, deve ser complementado com a sempre adiada recuperação de escolas e outros edifícios, propriedade do Município, conjugado ainda com arrendamento de habitações e finalização do processo de reversão de habitações sociais ocupadas nos Bairros sociais do Município. Tal irá permitir alojar não só os habitantes do Flecheiro mas também outras dezenas de agregados que aguardam, há anos, o acesso a habitação condigna. Quanto ao financiamento necessário, e à inexistência de verbas para o efeito, aspecto referido ainda recentemente pelo líder do PSD e vereador João Tenreiro, Luís Ferreira sublinha que está em causa «uma falsa questão já que, como disse à Hertz, há verbas previstas no orçamento para este ano no que diz respeito à habitação social, sendo que está em aberto uma negociação com a CCDR-Centro para um montante com esse propósito.