Não há enquadramento comunitário – ou seja, não há apoios financeiros – para o realojamento das famílias de etnia cigana que estão no acampamento do Flecheiro. O objectivo da Câmara, para resolver parte do problema, centrava-se na passagem dos cidadãos em causa para novas tipologias mas a verdade é que o Município já foi avisado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro que não haverá dinheiro para construções, sendo reforçada, por outro lado, a verba relativa a reabilitação de edifícios para habitação social. Mas não foi esta a única má notícia transmitida pela CCDR em recente reunião com a presidente da Câmara, Anabela Freitas, que para além de confirmar o processo relativo ao Flecheiro, também informou que a verba prevista para a reabilitação do parque de campismo… não irá entrar nos cofres da autarquia: «Fomos chamados pela CCDR para iniciar as negociações do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano. O que é que ficou sem enquadramento comunitário? O parque de campismo, para o qual estava prevista uma verba de 600 mil euros para a sua renovação mas, assim sendo, não tem esse enquadramento. Também tínhamos previsto o realojamento em novas tipologias mas consideram que é construção nova e, por isso, não tem enquadramento comunitário. Estava em causa, essencialmente, o realojamento para a comunidade cigana… E como isso foi percebido, houve um reforço de verbas para reabilitação de edifícios para habitação social… Depois, há a repartição, em duas fases, da requalificação do Flecheiro, da avenida Nuno Álvares e do Complexo da Levada, Convento de São Francisco e valorização das ruinas romanas e mais uma vez disseram-nos que o instrumento financeiro só estaria concluído no final do ano. Isto afecta-nos porque tivemos que colocar uma parte afecta ao instrumento financeiro».
Início LOCAL TOMAR – Revés no “processo-Flecheiro”: Não há dinheiro comunitário para novas tipologias...