Mais de 500 participantes de 31 países de todo o mundo participaram na passada sexta feira na 4ª edição do Workshop Internacional de Turismo Religioso, uma organização da ACISO – Associação Empresarial de Ourém e Fátima e do Município de Ourém.
Na sessão de abertura, Paulo Fonseca, presidente da Câmara Municipal de Ourém, destacou a presença das várias delegações com as quais o Município tem vindo a desenvolver estreitas relações, no âmbito do processo de internacionalização, e nos quais tem procurado dinamizar a mensagem de Fátima.
Paulo Fonseca lembrou ainda que, para além de um “momento de comemoração, este workshop é uma oportunidade” para 116 operadores turísticos. “Fátima tem uma componente de centro mundial da espiritualidade, da tolerância do diálogo multicultural, da paz, e tem uma componente turística que tem vindo a aumentar todos os anos com o número de visitantes que nos procuram no usufruto dessa perspetiva religiosa”.
Por seu turno a Secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, frisou que “é incontornável o papel de Fátima no posicionamento de Portugal enquanto turismo religioso”, realçando que há muitos turistas, nomeadamente americanos, “que conhecem Portugal através de Fátima”.
Ana Mendes Godinho adiantou que o momento que se está a viver é “um bocado o resultado dos desvios da procura”, pois os turistas “estão a ver em Portugal como um destino seguro” e onde “se sentem de facto protegidos”, pelo que “constitui uma ótima alternativa a outros destinos que vivem momentos mais complicados”. Relativamente à segurança, a governante salientou que Portugal é um país “que acolhe muito bem todas as religiões e convive muito bem com todos o tipo de religiões”.
A um ano do Centenário das Aparições de Fátima, Ana Mendes Godinho salientou que Portugal é “um país tolerante”. Sobre a segurança para a vinda do Papa Francisco a Fátima, em 2017, a secretária de Estado afirmou que está a trabalhar “em conjunto para garantir que tudo aconteça da melhor forma”.
Pedro Machado, presidente da Turismo do Centro disse que Fátima é a “marca mais madura e mais forte” e aquela que é “internacionalmente mais conhecida no domínio do turismo religioso”, realçando que “queremos ter aqui um produto compósito que traduz a espiritualidade que está associada a este espaço, que traduz a evidência deste quarto ‘workshop’ internacional, que é a fortíssima capacidade de atrair operadores estrangeiros e naturalmente também não somos alheios a essa realidade que a mensagem de Fátima é por esta via espalhada por esse mundo inteiro”.
O Reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, lembrou que “Fátima é o maior destino de turismo religioso” e que atrai turistas para outros polos da região Centro, refutando que Fátima monopolize o turismo. “A verdade é que quem procura Fátima procura também outros polos de atração turística na região Centro. Muitos dos peregrinos de Fátima são depois turistas na Batalha, Alcobaça, Tomar e daí por diante. Fátima não monopoliza no sentido de que não retira visitantes de outros centros de atração turística. Creio que os potencia”, frisou. Segundo o padre Carlos Cabecinhas, esta iniciativa “tendente a promover o turismo religioso” é “particularmente significativa”, pois “acaba por servir para levar o nome de Fátima mais longe”.